Petróleo sobe mais de 5% com recuo do dólar e receios na oferta

Preços do barril avançaramu mais de 5% com o dólar a ganhar terreno e depois de Biden não ter conseguido um compromisso da Arábia Saudita para aumentar a produção.

Os preços do petróleo prolongam os ganhos esta segunda-feira ao avançarem mais de 5%, estando a ser impulsionados pelo recuo do dólar e pela redução da oferta. Fatores que ofuscam os receios de uma recessão e com os confinamentos na China.

O barril de Brent está em alta de 5,05%, para 106,27 dólares, depois de ter subido mais de 1% na passada sexta-feira. No mesmo sentido, o crude WTI soma 4,31%, para 101,80 dólares.

Barril sobe mais de 5%

No mercado cambial, o dólar perde terreno depois de ter atingido máximos de vários anos – tocou mesmo a paridade com o euro na semana passada –, o que está a dar força não só ao petróleo, mas também a outras matérias-primas, como o ouro. Geralmente as commodities são cotadas em dólares e um dólar mais fraco torna-as mais baratas para os países com outras moedas.

Na semana passada, o petróleo registou a maior queda semanal em cerca de um mês com os receios que uma recessão afete a procura, enquanto a China, o segundo maior consumidor mundial de petróleo, continua com campanhas de testes massivos contra a Covid-19.

Por outro lado, os investidores continuam preocupados com a escassez da oferta, o que também contribui para a subida dos preços. Como era amplamente esperado, a viagem do Presidente dos EUA à Arábia Saudita terminou sem um compromisso dos sauditas para aumentarem a produção. Joe Biden pretende que os países do Golfo aumentem a produção para ajudar a baixar os preços e aliviar a inflação.

A próxima reunião da OPEP e aliados, incluindo a Rússia, está agendada para 3 de agosto e centrará atenções dos investidores, pois o atual acordo de produção termina em setembro.

(Notícia atualizada às 17h05 com novas cotações)

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