BEI financia em 400 milhões primeira ligação energética entre Reino Unido e Alemanha
O projeto custará 2,8 mil milhões de euros e será a primeira interligação entre a Alemanha e o Reino Unido, com data prevista de comercialização em 2028. BEI financiará em 400 milhões.
O Banco Europeu de Investimento (BEI) vai financiar a primeira ligação energética entre a Alemanha e o Reino Unido. A interconexão vai custar até 2,8 mil milhões de euros, sendo que o BEI vai contribuir com 400 milhões de euros, anuncia a entidade esta quinta-feira.
O projeto será a primeira interligação entre a Alemanha e o Reino Unido, facilitando o comércio de eletricidade entre a União Europeia e o bloco inglês, e contribuindo para a integração de altas parcelas de energias renováveis intermitentes em todo o Mar do Norte. A data prevista de início das operações comerciais é em 2028.
O projeto consiste numa corrente contínua de alta voltagem que interliga Inglaterra à Alemanha através de águas alemãs, holandesas e britânicas. O projeto terá uma capacidade instalada de 1.400 megawatts (MW) e uma voltagem contínua de 525 quilovolts (kV). O cabo predominantemente submarino terá um extensão de 725 quilómetros e vai ligar uma estação conversora e a interface de rede alemã à rede elétrica da Tennet perto de Fedderwarden, e uma estação conversora e interface de rede na Ilha de Grain no Reino Unido à rede National Grid ESO.
A Siemens será a empreiteira para as estações conversoras, e a italiana Prysmian irá fabricar e instalar os cabos. “O projeto é um exemplo de cooperação mutuamente benéfica entre a União Europeia e o Reino Unido, incluindo benefícios ambientais transfronteiriços”, lê-se no comunicado divulgado.
A interligação ajudará a garantir uma melhor utilização das capacidades eólicas offshore, de acordo com a respetiva força eólica local, apoiando assim as políticas de energia renovável da União Europeia e da Alemanha, explica a nota do BEI, frisando que o projeto permitirá reduzir as emissões de CO2 e contribuir para cumprir a meta europeia de redução das emissões de gases com efeito de estufa de pelo menos 55% até 2030.
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