Grécia junta-se ao coro ibérico na recusa do corte de 15% no consumo de gás
A Grécia juntou-se a Portugal e Espanha na recusa da proposta da Comissão Europeia que visa cortar o consumo de gás em 15% nos 27 Estados-membros.
E vão três. A Grécia juntou-se a Portugal e a Espanha na rejeição do pedido da Comissão Europeia de redução de 15% do consumo de gás entre os 27 Estados-membros. A medida visa garantir que o bloco tem reservas suficientes para enfrentar o inverno, numa altura em que o abastecimento de gás via Nord Stream continua a ser insuficiente.
“O governo grego não concorda com o princípio da proposta europeia, que visa reduzir em 15% o consumo de gás. Apresentámos uma série de propostas relativas aos preços e ao fornecimento de gás, e vamos insistir em apoiá-los como uma solução europeia”, cita a Reuters as declarações proferidas esta quinta-feira pelo porta-voz do governo grego, Giannis Oikonomou.
A Grécia depende em 40% do gás russo e, ao contrário de outros países, ainda não viu nenhuma interrupção no fornecimento. Ainda assim, de forma a reduzir a dependência, Atenas tem substituído grande parte do combustível russo por gás liquefeito (GNL) importado dos Estados Unidos e de outros países.
A posição assumida pela Grécia, surge depois de Portugal e Espanha terem negado a proposta de Bruxelas. O Secretário de Estado do Ambiente e da Energia assumiu, em declarações ao Expresso, que Portugal está “completamente contra” a proposta, argumentando que o corte, entre agosto de 2022 e março de 2023, “era insustentável” porque obrigava o país a ficar “sem eletricidade”.
Em Espanha, a vice-presidente espanhola e ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera contestou a medida dizendo que “não nos podem pedir um sacrifício sobre o qual nem sequer nos pediram opinião”, garantindo que no país não existirão cortes “nem de luz nem de gás” para as famílias ou indústria.
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