Espanha rejeita corte de 15% no consumo de gás imposto por Bruxelas

O primeiro-ministro português ainda não se pronunciou desde que foi anunciada a iniciativa de Bruxelas mas, em declarações anteriores, já havia apresentado uma posição semelhante à espanhola.

A vice-presidente espanhola e ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera, recusa-se a acolher a imposição de Bruxelas de reduzir o consumo de gás em 15% entre 1 de agosto de 2022 e 31 de março de 2023, escreve o El Confidencial.

Ribera garantiu que não existirão cortes “nem de luz nem de gás” para as famílias ou indústria. E defendeu que Espanha “fez o trabalho de casa” no que diz respeito à transição energética, “pagando mais que os restantes”. “Não nos podem pedir um sacrifício sobre o qual nem sequer nos pediram opinião” e “somos solidários, mas não nos podem pedir um sacrifício desproporcionado”, argumentou.

O primeiro-ministro português, António Costa, ainda não se pronunciou desde que foi anunciada a iniciativa da Comissão Europeia mas, em declarações anteriores, já havia apresentado uma postura semelhante à da ministra espanhola. Esta segunda-feira, no evento de inauguração de um complexo de barragens da Iberdrola no Tâmega, em Ribeira de Pena, deixou claro que Portugal será “solidário” neste contexto de aperto energético a nível europeu. Contudo, garantiu que o Governo não pretende “fazer pagar aos portugueses, depois de investirem 17 mil milhões de euros em renováveis, custos suplementares para compensar o atraso em que outros se colocaram quando podiam e deviam ter feito investimentos como nós fizemos nas energias renováveis”.

O chefe do Executivo tem insistido nas críticas às escolhas energéticas de outros países europeus, que preferiram depender do petróleo russo, em vez de investirem nas renováveis.

Os Estados-membros têm até ao final de setembro para atualizar os seus planos nacionais de emergência, onde deverão contemplar o respetivo plano para atingir a meta de redução de 15%, tendo a obrigação de reportar à Comissão Europeia a cada dois meses, anunciou esta quarta-feira a Comissão Europeia.

O plano de ação tem o objetivo de reduzir a procura de gás, mas não fica por aí. Também é necessário ativar a solidariedade entre Estados membros, explicou von der Leyen. Isto significa que os Estados membros deverão estar preparados para partilhar as suas reservas com os restantes em caso de emergência severa.

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