António Tomás Correia: “Montepio não precisa de mais aumentos de capital”
O presidente da dona do banco Montepio, a Associação Mutualista Montepio Geral, defende que não serão precisos mais aumentos de capital.
António Tomás Correia defende que a dona do banco Montepio não precisará de mais aumentos de capital. As declarações são feitas depois de o Público ter avançado que o auditor do banco, a KPMG, alertou para um buraco nas contas da Associação de 107 milhões de euros. O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral esclarece que o setor bancário e segurador enfrentaram muitas dificuldades, mas que têm ajudado a associação mutualista a cumprir as suas responsabilidades sociais.
“Não consideramos que haja necessidade de haver novos aumentos de capital por parte da Associação Mutualista.” É assim que António Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, esclarece a polémica em torno do Montepio que acendeu esta manhã depois de o jornal Público ter dito que a do banco Montepio, a Associação Mutualista Montepio Geral, fechou 2015 com um buraco nas contas de 107 milhões de euros. O alerta foi dado pelo auditor do banco, a KPMG, num documento anexo às contas consolidadas da associação, que vão ser discutidas esta terça-feira.
"Não consideramos que haja necessidade de haver novos aumentos de capital por parte da Associação Mutualista.”
“O setor bancário e segurador enfrentaram muitas dificuldades devido ao mau funcionamento da economia e das dificuldades das empresas e famílias”, nota o presidente da Associação Mutualista Montepio Geral. Mas, esclarece, que não se pode olhar para um grupo desta natureza de uma forma instantânea. Por isso, olhando para a “história completa, esta mostra que a atividade bancária e seguradora têm ajudado a associação mutualista a cumprir as suas responsabilidades sociais”.
As contas da Associação são importantes para o próprio Montepio Geral porque a Associação é o acionista único do banco e este poderá precisar de reforçar os rácios de capital. É isso que decorre de uma carta enviada pelo Banco de Portugal à instituição financeira liderada por José Félix Morgado, no início deste ano, e noticiada no sábado pelo Expresso. Num comunicado interno, enviado ao colaboradores, Félix Morgado reforçou que esta é uma versão preliminar da decisão do supervisor, mas nada garante que as exigências de capital vertidas no documento venham a ser revistas.
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