Sindicato dos bancários contra cortes na CGD
Representante dos trabalhadores da banca repudia fecho de balcões e despedimentos previstos no plano da nova gestão do banco público.
O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas condena o encerramento de 180 agências da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Portugal e o corte de 2.000 trabalhadores durante os próximos quatro anos anunciado na semana passada.
“O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) repudia o anunciado encerramento e despedimentos que a CGD pretende levar a efeito, sem ter em conta o interesse das populações e dos trabalhadores”, lê-se num comunicado hoje divulgado pela entidade.
Para o sindicato, “este tipo de atuação não tem em conta o serviço público a que uma instituição como a CGD está obrigada. Em causa estão mais de 2 mil postos de trabalho e o fecho de 180 balcões nos próximos quatro anos. De norte a sul do país são várias as localidades que ficam assim sem uma única representação bancária, contribuindo para o isolamento das populações do interior do país”, sublinha o SBSI.
O sindicato liderado por Rui Riso assinala que “o encerramento dos 180 balcões representa cerca de 25% do universo” da CGD em Portugal. “Aos mais 2 mil postos de trabalho que vão agora ser suprimidos, juntam-se os números de 2016: 2.077 trabalhadores dos cinco principais bancos a operar em Portugal, o dobro do ano anterior, e foram igualmente encerradas 200 agências”, salienta o SBSI.
O sindicato informa ainda que vai pedir uma reunião urgente com a nova equipa de gestão do banco público para “discussão desta situação no sentido de ela ser minimizada”, considerando que “como noutras transformações ocorridas, os bancários fazem parte da solução para um melhor serviço público da banca em Portugal”.
Nos próximos anos, no âmbito do plano estratégico negociado com Bruxelas, a CGD prevê dispensar 2.200 pessoas, o que o presidente executivo, Paulo Macedo, disse na passada sexta-feira que se fará, através de “pré-reformas e eventualmente rescisões por mútuo acordo”. Em termos de agências, a CGD quer chegar a 2020 com um número entre 470 e 490.
A CGD apresentou na semana passada os resultados de 2016 em que teve prejuízos históricos de 1.859 milhões de euros, mais de dez vezes mais os resultados negativos de 171 milhões de euros de 2015.
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