Já há uma nova vacina “bivalente” contra a Covid. Saiba como funciona em 5 respostas
Chama-se “Spikevax bivalente original/Ómicron", é desenvolvida pela farmacêutica Moderna e especialmente dirigida à variante Ómicron. O ECO preparou um guia com cinco respostas sobre esta vacina.
Chama-se “Spikevax bivalente original/Ómicron”, é considerada de “nova geração” e dirigida à variante Ómicron. Foi aprovada na segunda-feira pelo regulador britânico e está sob revisão contínua da Agência Europeia do Medicamento. Mas, afinal, como funciona esta vacina e o que a diferencia das restantes? O ECO preparou um guia com cinco perguntas e respostas.
1. Como é feita esta vacina?
A vacina “Spikevax bivalente original/Ómicron” ou também conhecida como mRNA-1273.214 é desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Moderna. Trata-se de uma dose de reforço da vacina contra a Covid e é bivalente, dado que contém 25 microgramas da vacina contra a linhagem B.A.1 da Ómicron e 25 microgramas da vacina original contra o SARS-CoV-2. Esta vacina foi aprovada na segunda-feira pelo regulador do Reino Unido e é recomendada para pessoas a partir dos 18 anos.
2. Qual é a eficácia desta vacina?
Segundo o comunicado divulgado pela Agência Reguladora de Medicamentos e Dispositivos Médicos (MHRA) do Reino Unido, perante a análise aos ensaios clínicos realizados, esta vacina demonstrou uma “resposta robusta” contra a linhagem BA.1 da Ómicron, bem como contra o vírus original. Além disso, numa análise exploratória esta vacina bivalente e considerada de “nova geração”, mostrou ainda uma boa resposta contra as linhagens BA.4 e BA.5 da Ómicron, assinala ainda a nota de imprensa divulgada pela Moderna.
De acordo com outro comunicado, divulgado pela farmacêutica norte-americana a 11 de julho, os participantes do estudo que receberam esta vacina de reforço tinham níveis de anticorpos contra essas linhagens 1,69 vezes superiores aos que receberam o reforço da vacina original.
3. Em que países já foi submetida para aprovação?
O Reino Unido tornou-se no primeiro país do mundo a aprovar a utilização de emergência de uma vacina bivalente contra a Covid-19. Não obstante, há outros países que já iniciaram o processo de revisão contínua desta vacina. É o caso da Austrália, Canadá e União Europeia (UE), sendo que a farmacêutica espera “mais decisões de autorização nas próximas semanas”.
4. Quando é esperada uma decisão sobre esta vacina pelo regulador europeu?
De acordo com a Sky News, a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) deverá pronunciar-se sobre a aprovação ou não desta vacina em setembro. Contudo, importa sublinhar que mesmo que tenha “luz verde” do regulador europeu para ser administrada em Portugal precisa de ter o aval da Direção-Geral da Saúde (DGS), à semelhança do que acontece com todas as outras vacinas e medicamentos.
5. O que trazem de novo estas vacinas de “nova geração”? E há mais vacinas a serem desenvolvidas como a Ómicron?
As vacinas que estão atualmente a ser administras têm revelado eficácia na prevenção da infeção e são ainda mais eficazes na prevenção das formas graves de doença, isto é, ao nível dos internamentos e morte. Não obstante, com as vacinas de segunda geração pretende-se combater algumas fragilidades que têm sido identificadas, quer seja ao nível das condições de armazenamento, método de administração ou no bloqueio da transmissão e na resposta às variantes que vão surgindo, dado que as vacinas que estão atualmente a ser distribuídas são feitas para a estirpe do vírus original e, por exemplo, a linhagem B.A.5 da Ómicron é dominante em Portugal.
Além da Moderna, também a Pfizer está a desenvolver uma vacina contra a Covid mais adaptada à Ómicron, tendo iniciado os ensaios clínicos em humanos a 25 de janeiro deste ano. A EMA iniciou o processo de revisão contínua desta vacina a 15 de junho e na semana passada antecipou que prevê tomar uma decisão sobre a mesma no outono.
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