“Governo não pode sacudir responsabilidades” nos incêndios, defende Montenegro
Presidente do PSD argumenta que "há medidas que têm de ser tomadas preventivamente, antes do pico de calor, da perigosidade e adversidade".
O presidente do PSD aponta várias falhas na preparação para a época dos incêndios, reiterando que o “Governo não pode sacudir responsabilidades”. Luís Montenegro defende que o Governo se tem tentado “desresponsabilizar por tudo aquilo que corre mal”, mas há “medidas que deviam ter sido tomadas para que tivessem mais meios”.
“Há muita coisa que o Governo podia ter feito, lamento que se queiram arranjar manobras”, aponta Montenegro, em declarações transmitidas pela RTP3. Para o líder social-democrata, “tem falhado a implementação da reforma da floresta e ações que visam prevenir e ter meios de combate” aos incêndios.
Mesmo mostrando-se “solidário” com o esforço do Executivo no combate aos incêndios, Montenegro argumenta que “há medidas que têm de ser tomadas preventivamente, antes do pico de calor, da perigosidade e adversidade”, pelo que o “Governo não pode sacudir responsabilidades”. “Do ponto de vista dos mecanismos de prevenção, da reforma florestal ou de meios aréus, de combate e formas de coordenação, havia já vários alertas, nomeadamente de quem está no terreno”, recorda.
O social-democrata diz também saber que vão continuar a existir incêndios e dificuldades, mas salienta que “não podem é ser sempre as mesmas”. Tendo em conta a tragédia que se viveu em Pedrógão Grande, “é expectável que cinco anos depois o país tenha capacidade de resposta”, argumenta.
Montenegro foi também questionado sobre a polémica da contratação do antigo diretor da TVI Sérgio Figueiredo pelo ministro das Finanças, que entretanto foi revertida, e salientou apenas que o partido já fez a sua avaliação e intervenção. “Pedimos esclarecimentos, o que se obteve foi um lamento e o lamento é insuficiente”, reiterou o líder social-democrata.
Esta quarta-feira, Paulo Rangel fez uma intervenção sobre o assunto, reiterando que este caso, na sequência de outros como o aeroporto e a polémica com a Endesa, mostra que “PS está disposto a usar de forma impune a maioria absoluta”. O vice-presidente do PSD pediu esclarecimentos a Fernando Medina, nomeadamente sobre porque é que era essencial essa função e se outra pessoa a vai assumir, e também ao primeiro-ministro, que “tinha de estar ao corrente deste assunto”.
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