Montenegro quer “recuperar a intimidade” com as comunidades portuguesas
"Habituei-me a um registo de algum ascendente do PSD junto das comunidades", disse o líder social-democrata que lamenta que o partido tenha perdido isso nos últimos anos.
O presidente do PSD afirmou esta quinta-feira que pretende “recuperar a intimidade com as pessoas, nomeadamente as que estão espalhadas nas comunidades portuguesas pelo mundo”.
“É tentar ir ao encontro daquilo que, do meu ponto de vista, tem sido uma falta de ligação e de afinidade que nós temos tido com os portugueses, com os eleitores, e que se tem traduzido em alguns desaires eleitorais”, explicitou Luís Montenegro, em Ourém, afirmando estar a ser feito um “esforço de recuperação da intimidade com as pessoas”.
No Encontro de Verão das Comunidades Portuguesas, onde se fez acompanhar do seu vice-presidente Paulo Rangel e do secretário-geral do PSD, Hugo Soares, o líder social-democrata prometeu que irá procurar essa proximidade no “território nacional”, mas também “nos territórios além-fronteiras”.
Luís Montenegro sublinhou não estar “a fazer nenhuma catarse”, mas confessou que “foi com alguma estupefação e perplexidade que nos últimos anos” constatou que o PSD estava a “perder uma importância” a que se tinha “habituado a ver e a reconhecer sempre como estando num patamar muitíssimo elevado”.
“Não estou aqui a querer fazer análises para culpabilizar ninguém, só, enfim, a dar conta daquilo que é também o meu sentimento. Habituei-me a um registo de algum ascendente do PSD junto das comunidades. Foi com alguma tristeza que assisti que nos últimos anos perdemos um bocadinho isso”, acrescentou.
O líder do PSD sublinhou ainda que está “consciente do trabalho” que tem pela frente “de reorganização” e de ter “talento, criatividade e alguma originalidade”, para poder “criar novos mecanismos de relacionamento com as comunidades” e poder “voltar a ter a confiança dos portugueses lá fora”.
Nas últimas legislativas, o PSD conseguiu eleger apenas um dos quatro deputados dos círculos do estrangeiro (Fora da Europa), depois de durante anos ter sido o partido maioritário neste eleitorado.
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