Turismo e restauração rejeitam corte nos horários e pedem apoios à eficiência energética

A AHRESP pede que sejam disponibilizados apoios à eficiência energética, afastando a redução de horários como solução no plano de poupança energética.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) pediu que fossem disponibilizados apoios à eficiência energética para os setores do turismo e restauração, rejeitando a hipótese de ser decretada uma redução nos horários como parte do plano de poupança energética que o Governo irá apresentar no final do mês. Em comunicado, divulgado esta quinta-feira, a entidade afasta esta medida, classificando-a de “despropositada e fortemente penalizadora” para as empresas do setor.

“Após dois anos de pandemia, com impactos acrescidos no canal HORECA [estabelecimentos hoteleiros, de restauração e similares], o momento é de intensa laboração. A época trouxe o tão desejado pico na atividade das nossas empresas, mas que está a revelar-se insuficiente para a recuperação das tesourarias, pois o contexto inflacionista e de aumento galopante dos custos está a esmagar as margens de negócio“, lê-se na nota enviada à redações. Nesse sentido, a associação liderada por Ana Jacinto frisa ser “determinante”, que no âmbito do Plano de Poupança de Energia e Eficiência Hídrica, sejam “disponibilizados programas de apoio à eficiência energética, especificamente direcionados para os setores da restauração, similares e do alojamento turístico”.

A associação diz que as empresas do setor “têm implementado medidas de redução do consumo de energia” e adianta que o “contributo das empresas da restauração, similares e do alojamento turístico para a redução de 7% no consumo de energia, não pode passar por restrições ao funcionamento das nossas atividades, como seja a redução de horários, nem por quaisquer outras obrigações que se revelem penalizadoras para as nossas atividades económicas”.

A AHRESP mostra-se ainda “totalmente disponível” para trabalhar com o Governo e outros parceiros, no sentido “contribuir ativamente” para o Plano de Poupança de Energia e Eficiência Hídrica.

Face ao aumento dos custos energéticos e a ameaça da Rússia fechar o abastecimento através do Nord Stream 1 a qualquer momento, a Comissão Europeia pediu aos 27 Estados-membros que desenhassem planos de poupança energética. O objetivo é reduzir os consumos até 15% entre agosto e maio de 2023 de forma a garantir reservas de gás suficientes para o inverno. Em Portugal, o plano deverá ser apresentado no final do mês tendo como objetivo reduzir em 7% o consumo de energia durante o mesmo período.

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