104 tripulantes da TAP com contrato a prazo saem no fim do verão

O crescimento da procura pelo transporte aéreo levou a TAP a contratar 430 tripulantes de cabine. A grande maioria com contratos sem termo, mas há cerca de 100 que terão de sair no final do verão.

A recuperação da atividade e os níveis elevados de absentismo levaram a TAP a contratar 430 tripulantes de cabine nos últimos meses. Destes, 104 têm contratos a termo e vão sair no final do verão, revelou a CEO da companhia aérea em entrevista ao ECO.

Alguns [terão de sair]. Recrutámos 104 com contratos a curto prazo e 380 sem prazo. Destes 380, a maioria são tripulantes que foram reintegrados”, afirmou Christine Ourmières-Widener. As contas incluem 85 colaboradores contratados para o pessoal de terra.

A presidente da TAP confirma que os contratados a prazo irão sair, mas realça que vieram trabalhadores para “alguns ativos estruturais” e que vão manter-se. “Por exemplo, decidimos reabrir o balcão premium, que não fechará durante o inverno. Reabrimos um balcão na área de transferências de voo, que também não encerra. Há um número de colaboradores que vai ficar porque queremos manter o nível de serviço”, afirmou Christine Ourmières-Widener.

A companhia aérea aumentou a capacidade oferecida nos seus aviões, que passou de 79% dos níveis de 2019 no primeiro trimestre para 92% entre abril e junho. A taxa de ocupação (load factor) passou de 48,3% para 80,4%, com o número de passageiros a saltar de 928 mil para 3,7 milhões.

A TAP avançou que para o terceiro trimestre espera uma capacidade igual a 89% de 2019, subindo para 93% no período entre outubro e dezembro. Nos últimos três meses do ano o tráfego é sempre inferior, tirando o pico que existe na altura do Natal.

Apesar de as reservas para o segundo semestre estarem a um nível semelhante ou até acima do que acontecia em 2019 na mesma altura, Christine Ourmières-Widener afirmou na conferência de imprensa de apresentação de resultados estar “cautelosamente otimista” em relação aos próximos meses e identificou vários “ventos contrários”.

A incerteza geopolítica e as suas ramificações ainda desconhecidas, o risco de recessão que começa a ser comentado por vários players no mercado, a inflação que pode ter impacto na procura e nos custos e a flutuação das taxas de câmbio foram fatores apontados pela CEO.

A transportadora chegou ao final de junho com 6.935 colaboradores no quadro de pessoal, mais 309 do que no início do ano. No âmbito do plano de reestruturação saíram 1.480 trabalhadores da companhia em 2021, a maioria através de rescisões negociadas mas também por despedimento coletivo. No ano anterior, o quadro de pessoal já tinha sido reduzido em 900 trabalhadores.

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