Petróleo aprofunda queda e negoceia nos 92 dólares
Brent acumula perda superior a 4% esta semana, negociando esta quinta-feira abaixo do patamar dos 95 dólares. Investidores temem quebra na procura com política monetária agressiva da Fed e do BCE.
O petróleo Brent, referência para as importações portuguesas, recuou 3,14% nesta quinta-feira, negociando abaixo dos 93 dólares por barril (92,64 dólares). Os investidores receiam que as subidas de juros que estão a ser realizadas pelos principais bancos centrais mundiais travem a economia e penalizem a procura pela matéria-prima.
“Os receios crescentes sobre uma menor procura por combustíveis devido às subidas agressivas das taxas pelos bancos centrais dos EUA e da Europa ofuscaram as preocupações sobre em torno da oferta global apertada”, disse à Reuters o diretor-geral da Nissan Secrities, Hiroyuki Kikukawa.
A queda desta quinta-feira soma-se ao recuo de 2,84% no preço do Brent registado na sessão anterior, bem como à descida de 5,5% de terça-feira, depois de uma escalada maior do que 4% no arranque da semana.
Evolução do preço do Brent
Além da política monetária, a evolução negativa do crude esta quinta-feira está a ser justificada com o aperto das restrições relacionadas com a pandemia em Shenzhen, na China, onde foram cancelados os grandes eventos e iniciativas de entretenimento em sítios fechados para os próximos três dias na região mais populosa da cidade.
Do outro lado do Atlântico, os futuros do WTI seguem a cair, também, cerca de 2,79%, para 887 dólares por barril. Na quarta-feira, os EUA revelaram que as reservas de crude caíram em 3,3 milhões de barril, enquanto as de gasolina encolheram em 1,2 milhões de barris, segundo dados citados pela Reuters.
(Notícia atualizada às 18h35)
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