Siemens diz que fugas de óleo não justificam paralisação do gasoduto Nord Stream
No passado, a existência “deste tipo de fuga não levou à cessação das operações", defende fabricante de turbinas Siemens Energy.
A fabricante de turbinas Siemens Energy declarou na noite de sexta-feira que fugas de óleo não justificam tecnicamente a paragem do gasoduto Nord Stream 1, decidido pela empresa russa de gás Gazprom após a descoberta de derramamentos numa turbina.
“Como fabricante de turbinas, podemos afirmar que tal constatação não constitui uma razão técnica para interromper as operações”, afirmou a Siemens Energy, num comunicado, lembrando que no passado a existência “deste tipo de fuga não levou à cessação das operações”.
A Gazprom anunciou na exta-feira que o gasoduto Nord Stream, vital para os fornecimentos à Europa, vai parar “completamente” para reparação de uma turbina, após ter estado inativo durante três dias para manutenção.
Em comunicado, a Gazprom indicou ter descoberto “fugas de óleo” na turbina durante esta operação de manutenção e indicou que até à sua reparação o fornecimento de gás estará “completamente suspenso”.
A Rússia devia retomar no sábado o fornecimento de gás através do gasoduto, após uma interrupção de três dias.
Na sexta-feira, o Kremlin tinha indicado que o funcionamento do gasoduto está “ameaçado” pela escassez de peças para reposição devido às sanções impostas a Moscovo depois do início da ofensiva russa na Ucrânia.
A Gazprom tem reduzido o gás fornecido via Nord Stream nos últimos meses e em julho já tinha feito trabalhos de manutenção durante 10 dias, tendo depois retomado as entregas com um nível mais limitado.
No contexto de guerra na Ucrânia – que teve início em 24 de fevereiro – a energia tem estado no centro de um braço-de-ferro entre Moscovo e os países ocidentais, que acusam a Rússia de utilizar o gás “como uma arma”.
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