Viticultores recebem apoios de 2,7 milhões até final do ano para compensar prejuízos
Ministra da Agricultura anuncia que vão ser entregues 2,7 milhões aos viticultores até ao final do ano para fazer face aos prejuízos causados pela seca, guerra da Ucrânia, inflação e pandemia.
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, anunciou este sábado em Vila Nova de Gaia um apoio de 2,7 milhões de euros para cerca de 40 mil agricultores da área do vinho, uma verba que poderão receber até dezembro. “Os apoios que estamos a dar aos agricultores são para fazer face aos impactos de um conjunto de situações na agricultura e que agravam a situação dos agricultores, a quem queremos garantir o rendimento”, assegurou a ministra.
“São 2,7 milhões só para o setor do vinho”, confirmou ao ECO Maria do Céu Antunes, à margem das comemorações do Dia Internacional do Vinho do Porto, adiantando que esta verba “vai abranger 40 mil agricultores da área da viticultura de todo o país”.
Os apoios aos agricultores são para fazer face aos impactos de um conjunto de situações na agricultura e que agravam a situação dos agricultores, a quem queremos garantir o rendimento.
Por enquanto, o Governo diz que está “a ultimar todos os processos” e que, a partir do momento em que apresentar a reprogramação do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) em Bruxelas, “já se podem abrir as candidaturas”, assegurou a governante.
A ministra explicou ao ECO que o PDR tem regras próprias e “esta é uma medida excecional que foi aprovada pela Comissão Europeia e, portanto, é preciso reafetar verbas para se poder disponibilizar um total de cerca de 58 milhões de euros”. Ou seja, clarificou, “51 milhões de euros do programa e mais sete milhões do Orçamento de Estado para apoios a vários setores. O objetivo, como reiterou, “é começar a pagar ainda este ano” aos agricultores da vinha.
Só para o setor das culturas permanentes ou temporárias de regadio e de sequeiro, onde a vinha está incluída, são cerca de 26 milhões de euros, avançou ainda a governante, em declarações ao ECO.
A ministra já tinha referido que os apoios estão “distribuídos pela pecuária extensiva, ovinos e caprinos, o setor hortofrutícola – nomeadamente dando privilégio às organizações de produtores que estejam a fazer retiradas de mercado e a distribuí-las por quem precisa de alimentação -, depois para os secadores de cereais, milho e arroz porque têm custos acrescidos com a eletricidade e para as culturas vegetais”.
Quanto à identificação das causas dos prejuízos sentidos pelos agricultores na área do vinho, a ministra respondeu que “não se consegue distinguir se as repercussões na cadeia de abastecimento decorrem da pandemia, dos efeitos da guerra na Ucrânia ou desta seca prolongada que se faz sentir”.
O Governo entende, por isso, que urge avançar com um pacote de medidas. “Os apoios que estamos a dar aos agricultores são para fazer face aos impactos que este conjunto de situações traz para a agricultura e agrava a situação dos agricultores a quem queremos garantir o rendimento”, conclui Maria do Céu Antunes.
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