Abrandamento dos preços da energia reduz taxa de inflação de agosto para 8,9%
INE corrigiu taxa de inflação de agosto para 8,9% (em vez de 9%), depois de a subida do índice dos produtos energético ter reduzido para 24%, menos 7,2 pontos percentuais face ao valor de julho.
A taxa de inflação de agosto afinal foi de 8,9% face ao mesmo mês de 2021, menos 0,1 pontos percentuais do que na primeira previsão. O abrandamento da subida dos preços energéticos levou à retificação dos dados pelo Instituto Nacional de Estatística, divulgados esta segunda-feira.
No mês anterior, em julho, Portugal tinha registado a maior variação anual de preços desde novembro de 1992, quando a taxa de inflação foi de 9,1%.
A desaceleração da taxa de inflação em agosto deveu-se, sobretudo, à menor subida do índice dos produtos energéticos, que se situou em 24%, menos 7,2 pontos percentuais face à variação homóloga de julho.
Nos produtos alimentares, pelo contrário, a subida de preços acelerou para 15,4% em agosto, o que compara com os 13,2% verificados em julho. É o maior aumento desde outubro de 1990, salienta o INE.
Na taxa de inflação de referência para a União Europeia, o índice harmonizado de preços foi de 9,3%, menos 0,1 pontos percentuais do que em julho. Na comparação com a média da zona euro, Portugal ficou 0,2 pontos percentuais acima — em julho, tinham sido 0,5 pontos percentuais.
Na comparação com julho, a taxa de inflação foi de -0,3%, marcando a primeira descida na variação em cadeia desde agosto de 2021. No índice harmonizado, a variação foi de -0,2%.
Restaurantes, hotéis e comida puxam pelos preços
No mês mais dedicado às férias, foram os setores mais associados ao turismo e aos bens alimentares que mais contribuíram para a subida de preços. Nos restaurantes e hotéis, registaram-se aumentos de 16,3% face a agosto de 2021 (14,8% em julho); na comida e bebidas não alcoólicas, o agravamento dos preços foi de 15,3% (13,9% em julho), destaca o INE.
Os preços da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis também pesaram na taxa de inflação embora tenham abrandado a subida para 14,9% (tinham sido 16,6% em julho). Nos transporte, a descida dos preços da gasolina e do gasóleo reduziram o crescimento das tarifas para 10,4% (tinham sido 12,8% em julho).
No mês em que houve novo alívio nas medidas contra a Covid-19 e depois do alargamento das isenções nas taxas moderadoras, os preços na categoria da saúde diminuíram em mais de 2% face a agosto de 2021.
(Notícia atualizada às 11h34 com mais informação)
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