BdP procura entidades que concedem créditos ilegais com juros de até 300%
Com taxas anuais que podem atingir os 300%, o BdP tem recebido relatos de situações em que é proposta a concessão de crédito, exigindo em troca cheques pré-datados ou propriedades de bens.
Em 2022, o Banco de Portugal (BdP) já detetou 60 entidades que não estão autorizadas a conceder crédito, sendo que quase um terço do conjunto de alertas emitidos desde janeiro foi feito em agosto, noticia o Correio da Manhã (acesso pago). As entidades em causa oferecem créditos que podem atingir juros de 300% e podem apresentar-se sob o nome de uma pessoa, com títulos como “crédito rápido” ou até referências a supostas instituições de crédito para dar credibilidade como “PNB Banque”.
Além disso, têm páginas na internet e presença nas redes sociais, nas quais por vezes se insinuam em conversas online, quando os temas são dificuldades financeiras. A oferta de crédito fácil pode “parecer tentadora para quem julga não ter solução para pagar dívidas antigas, mas contratar este tipo de financiamento pode criar um problema ainda maior”, diz a instituição liderada por Mário Centeno.
Os relatos recebidos pelo BdP revelam situações em “que pessoas, coletivas ou singulares, propõem ao público a concessão de crédito, exigindo, em troca, a entrega de cheques pré-datados ou a propriedade de bens imóveis ou bens móveis, por exemplo, veículos automóveis”. O banco central tem uma lista publicada no seu site com os intermediários de crédito devidamente habilitados a conceder empréstimos em Portugal. No final de 2021, existiam 5476 intermediários.
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