Marcelo insiste que quer saber previsões económicas do Governo para 2023
Presidente voltou a pressionar o Governo para que divulgue cenário macroeconómico para o próximo ano e considerou que a discussão sobre a sustentabilidade da Segurança Social só deve acontecer depois.
O Presidente da República insistiu esta quarta-feira que o Governo tem de divulgar o cenário macroeconómico para o próximo ano, considerando que a discussão sobre a sustentabilidade da Segurança Social só deve acontecer apenas depois.
Em declarações transmitidas pela RTP3, o Chefe de Estado sublinhou que faltam “três semanas” para a entrega da proposta do Orçamento do Estado (OE), pelo que “é importante saber” as previsões macroeconómicas para 2023, nomeadamente no que concerne ao “crescimento do PIB, a evolução da inflação, do emprego e das contas públicas”, reiterou, depois de, no fim de semana, também ter alertado para esta necessidade de conhecer as previsões de base. “Já se sabe que é muito difícil, mas é importante haver uma previsão de base“, disse.
Nesse sentido, Marcelo Rebelo de Sousa apontou ainda que, após a viagem a Nova Iorque, vai marcar audições com os partidos com assento parlamentar, tendo em vista debater “o OE para o ano que vem e a situação económica e social vivida em Portugal”. “Haverá também um Conselho de Estado”, acrescentou o Presidente da República.
Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de Portugal vir a entrar em recessão em 2023, tal como admitido pelo presidente da CIP, Marcelo diz preferir “esperar para ver“, dado que havia quem pensasse que o segundo trimestre deste ano “já teria um crescimento negativo”, o que não aconteceu.
“Veremos os números que vêm da Europa no quatro trimestre”, afirmou o Presidente da República, sinalizando que as previsões para Portugal dependem “muito do ambiente internacional”.
Não obstante, o Chefe de Estado alertou que “aquilo que vivemos este ano é provavelmente diferente daquilo que vamos viver” no próximo ano. Mas disse esperar “que a incerteza que existe ligada à guerra não dure quatro, cinco, seis anos”. “O importante é saber as linhas com que os portugueses se cosem” e a margem que existe, reiterou, pressionando assim o Governo.
Quanto ao “debate” que tem marcado os últimos dias sobre a sustentabilidade da Segurança Social, Marcelo considera que neste âmbito se deve “pensar mais do que 2023”, sendo que a discussão depende do “do cenário para 2023”, mas também do “futuro pós”. “Eu começaria por dizer quais são as perspetivas para 2023”, atirou.
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