Reunião sobre acordo de rendimentos foi “muito produtiva”. Ministra antecipa “fase negocial muito intensa”

Ana Mendes Godinho faz um balanço positivo da primeira reunião de negociação do acordo de rendimentos, mas não foi capaz de afirmar se este será fechado a tempo de ser apresentado o OE2023.

Apesar de os parceiros sociais falarem num documento “insuficiente” e “desfasado da realidade”, a ministra do Trabalho afirma que a reunião de apresentação da proposta do Acordo de Rendimentos e Competitividade foi “muito produtiva”. Ana Mendes Godinho estima, contudo, uma “fase negocial muito intensa”, sendo incapaz de afirmar se o acordo será fechado a tempo da apresentação do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

“Foi uma reunião muito produtiva, em que se procurou identificar os objetivos que nos unem”, disse a ministra esta quarta-feira, em declarações aos jornalistas à saída da reunião em que o Governo apresentou aos parceiros sociais a proposta de Acordo de Rendimentos e Competitividade. “A partir daqui temos uma fase negocial muito intensa, mas estamos completamente comprometidos”, acrescentou.

Após este encontro, os parceiros sociais destacaram que a proposta do Governo era “desfasada da realidade” e “insuficiente”, mas Ana Mendes Godinho explicou que o documento “assenta no objetivo” de se alcançar “uma valorização dos salários” de forma a que Portugal atinja uma “convergência com a média europeia do peso dos salários no PIB”. A meta é chegar a 2026 com um aumento de 20% dos salários face a 2022, disse.

A ministra apontou que, no caso dos jovens, a proposta é “poderosa”, “porque é um sinal claro de que Portugal é mesmo um país que cria condições para que os jovens queiram trabalhar aqui”, disse.

Quando questionada por duas vezes se será possível – como previsto – ter um acordo a tempo da apresentação do OE2023, que acontece a 10 de outubro, Ana Mendes Godinho foi incapaz de responder de forma clara. “Neste momento o meu objetivo é trabalhar muito aceleradamente nas negociações”, disse.

À saída da reunião, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) disse ter dúvidas de que seja possível alcançar um acordo dentro desse prazo, cerca de duas semanas. “Acho um prazo muito curto, mesmo que estejamos muito empenhados. Mas, como disse a ministra, teremos de trabalhar na 25ª hora”, disse António Saraiva, em declarações aos jornalistas.

(Notícia atualizada às 20h58 com mais informação)

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