Líderes europeus reúnem-se sexta-feira para voltar a debater crise energética

Os líderes dos 27 Estados-membros voltam a reunir-se na próxima sexta-feira para avaliar os próximos passos a tomar perante a escalada da crise energética e a aproximação do inverno.

Os líderes dos Estados membros da União Europeia vão reunir-se na próxima sexta-feira, 7 de outubro, para avaliar novas medidas a serem adotadas perante a escalada da crise energética.

De acordo com a nota publicada este domingo, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, apelou a que fossem tomadas medidas firmes numa altura em que se assiste a uma grande volatilidade nos preços do gás e a Rússia formaliza a anexação de quatro regiões da Ucrânia. “Na nossa reunião vamos debater como podemos continuar a prestar apoio económico, militar, politico e financeiro à Ucrânia”, cita a Reuters as declarações de Michel, acrescentando que no topo da agenda da reunião entre os líderes europeus vão ser avaliadas orientações sobre os próximos passos que o bloco europeu deve tomar para lidar com a alta dos preços da energia.

“O nosso principal objetivo é de garantir a segurança no abastecimento e energia acessível para as famílias e empresas, principalmente à medida que o frio do inverno se aproxima”, explicou.

A próxima reunião entre os líderes europeus procede o encontro entre os ministros da Energia que decorreu na sexta-feira passada, onde os 27 Estados-membros chegaram a acordo sobre a aplicação de uma taxa aos lucros excessivos das petrolíferas, a ser convertida numa “contribuição solidária” a redistribuir pelos mais vulneráveis, um teto máximo para os lucros das empresas produtoras de eletricidade com baixos custos (renováveis), e planos de redução de consumo de eletricidade, voluntária (10% para a procura em geral), e obrigatório (5% nas ‘horas de pico’).

Apesar destas medidas, ficou de fora a aplicação de um teto sobre o preço do gás uma vez que não terá reunido consenso entre os Estados-membros. Até ao momento, pelo menos 12 países da União Europeia, entre os quais Portugal, subscreveram uma carta conjunta na qual defendem a imposição de um teto para o preço do gás, que querem ver discutido já no Conselho extraordinário de Energia.

Os governos de Bélgica (a impulsionadora da iniciativa), Itália, Espanha, Portugal, Polónia, Grécia, Malta, Lituânia, Letónia, Eslovénia, Croácia e Roménia – que esperam ainda reunir mais apoios – dizem “reconhecer os esforços feitos pela Comissão e as medidas que esta apresentou para enfrentar a crise”, mas argumentam que é necessário enfrentar “o problema mais grave de todos”, impondo um preço máximo ao gás, a todas as transações, e não apenas à “importação a partir de jurisdições específicas”, descartando assim a imposição de um preço apenas para o gás importado desde a Rússia.

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