Adene assina pactos setoriais e monitoriza plano de poupança energético

  • Lusa
  • 3 Outubro 2022

Adene reuniu-se com a CIP, APCC, ANMP, AIP e CCP para formalizar pactos que visam cumprir a implementação do Plano de Poupança de Energia anunciado pelo Governo.

A Agência para a Energia (Adene) vai assinar, até ao fim do mês, pactos setoriais com associações e confederações e irá monitorizar a implementação do Plano de Poupança de Energia 2022-2023, disse à Lusa o presidente da entidade.

Segundo Nelson Lage, a organização reuniu-se “com cinco associações e confederações, que representam todo o setor da economia nacional”: a CIP (Confederação Empresarial de Portugal), a APCC (Associação Portuguesa de Centros Comerciais), a AIP (Associação Industrial Portuguesa), a ANMP (Associação Nacional de Municípios Portugueses) e a CCP (Confederação do Comércio e Serviços de Portugal).

“Houve uma forte adesão voluntária ao plano um compromisso através daquilo que serão os respetivos planos setoriais”, indicou Nelson Lage, garantindo que foi possível uma “verdadeira concertação social da energia em torno deste plano de poupança”.

“Agora estamos a trabalhar com estas cinco entidades para definir os planos setoriais e queremos, ainda antes do final do mês de outubro, assinar os planos setoriais com todos numa sessão em que pretendemos juntar estas importantes entidades para formalizar essa adesão”, destacou.

O responsável assegurou que as entidades “elogiaram o plano porque reflete o que eram as orientações e sugestões de cada um”.

Nelson Lage reconheceu que a única coisa apontada “que pode representar um desafio adicional é realmente agora comunicar, informar”, mas está certo de que “em conjunto e com o compromisso de todos” será possível atingir este objetivo.

Sobre os desafios da área industrial, o presidente da Adene disse que “é um setor que está bastante consciente desses desafios e já esta a atuar nesta lógica da poupança”.

“O que frisaram bem é que é preciso comunicar muito, informar muito e que estes planos estejam adaptados ao destinatário final, que é a própria indústria, e que o plano em si não ponha em causa a atividade económica” e “tenha em conta as necessidades básicas associadas à indústria”.

Questionado sobre a monitorização deste plano de poupança, que no caso dos privados não é obrigatório, o presidente da Adene disse que esta questão é “um fator importante”.

“Essa monitorização vai contar com o contributo que resulta dos pactos, ou seja, um dos compromissos que irão vigorar nesses pactos é que também haverá um envolvimento dessas entidades na monitorização do impacto dessas medidas no respetivo setor”, destacou, indicando ainda que “vai ser criada uma comissão de acompanhamento que irá integrar estas entidades e o Governo” para a monitorização das medidas.

Estas metas “pressupõem um reporte mensal ao Governo e bimensal à Comissão Europeia”, disse, salientando que as métricas estão ainda a ser desenvolvidas.

Nelson Lage lembrou que neste momento há medidas que são obrigatórias para a Administração Pública e nos setores restantes são voluntárias.

“Obviamente que esse cenário pode ser alterado em função do que a Comissão Europeia decretar nos próximos tempos”, salientou, acrescentando que “se decretar crise energética a meta dos 15% [de redução de consumo] passará a ser obrigatória”.

Entre as medidas aprovadas pelo Governo para este plano contam-se iniciativas de poupança de água, com redução do seu uso, e de luz, através do controlo de iluminação e climatização, entre outras.

 

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