Marcelo indignado com ameaça de sanções do BCE
Na quarta-feira, o Presidente da República vai estar em Bruxelas para defender Portugal junto das instituições europeias.
O Banco Central Europeu (BCE) considera que Portugal deveria ser multado por não estar a adotar medidas para corrigir os desequilíbrios macroeconómicos excessivos, segundo avançou o Jornal de Negócios na segunda-feira. E Marcelo Rebelo de Sousa está indignado com essa posição do regulador europeu.
Segundo o Expresso, o Presidente da República considera “inacreditável e inaceitável” que Vítor Constâncio, vice-presidente do BCE, concorde com a aplicação de sanções a Portugal, que poderão ascender a 190 milhões de euros (o equivalente a 0,1% do PIB ao ano).
O espanto de Marcelo prende-se, sobretudo, como facto de o BCE adotar esta posição numa altura em que Portugal vai conseguir, pela primeira vez na sua história, um défice abaixo dos 3%, facto que deverá levar o país a sair do Procedimento por Défice Excessivo em abril.
É com este sentimento de indignação que o Presidente da República estará em Bruxelas, na quarta-feira, onde irá estar em reuniões com altos responsáveis do Conselho Europeu, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu, além de ir a um jantar com o colégio de comissários. De acordo com o Público, Marcelo irá tentar afastar esta ameaça de sanções deixada pelo BCE, provavelmente repetindo os argumentos de António Costa, quando o primeiro-ministro respondeu aos avisos de Wolfgang Schäuble de que Portugal deveria precaver-se de um novo resgate.
E os argumentos são apenas números: um défice abaixo de 3%, um saldo primário positivo, a diminuição da dívida líquida e estabilização da dívida bruta, bem como a melhoria do mercado de trabalho.
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