Situação de seca extrema no país regista “diminuição acentuada” em setembro
Segundo o novo boletim do IPMA, apenas 0,2% do território encontra-se em em estado de "seca extrema", afetando agora apenas "pontualmente na região de Bragança".
A situação de seca extrema em Portugal Continental registou uma “diminuição muito acentuada” em setembro, depois de em agosto o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) ter alertado que quase 40% do território se encontrava nesta situação. Segundo o boletim divulgado esta segunda-feira pelo IPMA, atualmente só a região de Bragança se encontra nesta situação meteorológica, ainda que seja “apenas pontualmente”.
“De acordo com o índice PDSI no final de setembro, verificou-se uma diminuição significativa da situação de seca meteorológica em todo o território, com as classes de seca moderada e severa a predominarem em todo território“, lê-se na nota divulgada esta manhã. “A classe de seca extrema teve uma diminuição muito acentuada” existindo “agora apenas pontualmente na região de Bragança“.
Assim, face à nova atualização do Índice PDSI do IPMA, 3,3% do território encontra-se em situação de “seca fraca”, 32,2% está em situação de “seca severa” e 64,3% do território encontra-se em situação de “seca moderada”. Apenas 0,2% do território está em estado de “seca extrema”.
A entidade meteorológica aponta que em alguns locais do distrito da Guarda, Viseu e Castelo Branco registou-se um “desagravamento muito significativo da seca meteorológica”, passando da classe de seca severa (a 31 de agosto) para a classe de seca fraca. Isto acontece, explica o IPMA, “uma vez que os valores de precipitação ocorridos foram muito superiores aos valores médios para o mês e mesmo superiores aos correspondentes valores do decil 8″, isto é, valores da quantidade de precipitação muito superiores ao normal e que ocorrem em 20% dos anos.
Face à situação meterológica, o Governo já tinha alertado que o país estava perante a situação de seca mais severa do último século. Na passada sexta-feira, 14 de outubro, o ministro do Ambiente e da Ação Climática e a ministra da Agricultura apontavam o motivo prendiam-se com a a conjugação de invulgares temperaturas e fraca precipitação. “Este é o quinto ano seguido com precipitação abaixo da média“, explicou Duarte Cordeiro.
O índice PDSI baseia-se no conceito do balanço da água tendo em conta dados da quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo e permite detetar a ocorrência de períodos de seca classificando-os em termos de intensidade (fraca, moderada, severa e extrema).
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