Revisão de preços das empreitadas dita descida nos materiais em julho
Índice usado na atualização do valor das empreitadas mostra descidas em vários materiais de construção em julho. Aumento desde janeiro continuam a ser muito expressivos, superando os 40% nas telhas.
Os valores de referência para a atualização dos preços de alguns materiais nas empreitadas de construção civil foram revistos em baixa. Telhas, tijolos, aço, ou betumes a granel estão agora mais baratos, segundo o índice de revisão de preços referente a julho. Desde janeiro, os aumentos continuam a ser muito expressivos.
Entre junho e julho, o índice de preços das telhas cerâmicas desceu 8,1%, o aço em varão e perfilados desceu 8,2% e o aço para betão armado 9,63%, segundo o aviso publicado esta terça-feira em Diário da República. Embora menos expressivas, há também descidas nos azulejos e mosaicos (2,19%) ou no fio de cobre revestido (3,07%). A última atualização não trouxe apenas descidas. O cimento em saco foi atualizado em 4,1%, as madeiras de pinho em 6,4% e as janelas e portas de alumínio e PVC em 8,4%.
Olhando para os últimos seis meses, continuam a existir aumentos muito significativos. Apesar da queda em julho, o índice das telhas cerâmicas ainda sobe 41,1% desde janeiro, os betumes a granel 29,9%, os tubos em PVC 22,8% e a chapa de aço macio 20%.
Cimento em saco (17,5%), azulejos e mosaicos (15,5%), tijolos cerâmicos (13,7%), vidro (12,5%), madeiras de pinho (12,4%) e janelas e portas de alumínio e PVC (10,6%) também registam todos aumentos de dois dígitos. Variações que exprimem a subida do custo das matérias-primas nos mercados internacionais e os constrangimentos logísticos agravados pela guerra na Ucrânia.
Foram apenas considerados alguns dos materiais mais representantes de uma lista que inclui 58. Foi divulgado também o indicado referente aos equipamentos de apoio, que aumentou 0,3% em relação a junho e 4% face a janeiro. Os valores de referência para a mão-de-obra serão conhecidos posteriormente.
Os índices de custos de mão-de-obra, de materiais e de equipamentos de apoio, são os indicadores económicos usados para refletir a variação dos custos numa empreitada, integrando as fórmulas tipo para efeitos de revisão de preços nas empreitadas face ao preço inicial contratado. Os valores são fixados, mensalmente, pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação, sob proposta do Instituto dos Mercados Públicos do Imobiliário e Construção. A sua divulgação, que era trimestral,
Segundo o índice de custos de construção de habitação nova do INE, relativo a agosto, os preços aumentaram 12,6% em relação ao mesmo mês de 2021. A subida foi, no entanto, 0,7 pontos percentuais inferior à verificada no em junho. Este recuo na variação em cadeia é sustentado, sobretudo, por uma ligeira desaceleração dos preços dos materiais e do custo da mão-de-obra, indicou o INE.
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