Bankinter lucra 430 milhões até setembro. Portugal contribui com 54 milhões

Resultado antes de impostos em Portugal cresceu 33% para 54 milhões de euros. Carteira de crédito cresceu 13%, para 7.700 milhões de euros, e recursos de clientes cresceram 12%, para 6.300 milhões.

O grupo Bankinter terminou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 430,1 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 21,2%. A atividade em Portugal contribuiu com 54 milhões de euros.

“O Grupo Bankinter alcança a 30 de setembro de 2022 um resultado líquido de 430,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 21,2% face ao mesmo período do ano passado, período esse que incluía quatro meses de receitas da Línea Directa, e sem ter em conta a mais-valia gerada pela entrada da companhia de seguros na bolsa”, adiantou o banco espanhol em comunicado. Porque se for tida essa receita extraordinária, o banco apresenta uma quebra de resultados de 66%.

O banco sublinha que “concluiu o terceiro trimestre de 2022 com um forte crescimento do balanço e de todos os indicadores de negócio, como consequência de uma atividade comercial que mantém o bom ritmo do exercício e que se traduz na melhoria de todas as margens e do respetivo resultado”. E defende que tem potencial “para aumentar a quota de mercado em todos os negócios, nacionais e internacionais, em que opera; e a sua capacidade para mais do que compensar com a atividade puramente bancária as receitas obtidas pela Línea Directa até abril de 2021”, lê-se no mesmo comunicado.

A instituição liderada por María Dolores Dancausa, após a saída de bolsa da Línea Directa, estabeleceu como meta para 2023 alcançar um lucro de 550 milhões de euros, o mesmo registado em 2019, no ano anterior à pandemia. Mas os analistas admitem a possibilidade de essa fasquia ser antecipada já para 2022 tendo em conta os resultados. Resultados que foram bem recebidos pelo mercado: as ações do Bankinter subiam 3% na abertura do Ibex.

Os resultados antes de impostos da atividade bancária foram de 601,6 milhões de euros, um crescimento homólogo de 35,9%. Já a margem bruta aumentou 6,7% para 1,51 mil milhões de euros, “com uma contribuição cada vez maior do resto das geografias onde o banco opera: Portugal e Irlanda, e o negócio do EVO Banco”. No terceiro trimestre, 70% destas receitas provêm da margem de juros e 30% de comissões. “Estas comissões, ou seja, as receitas pelas diferentes atividades que o banco realiza, somam nestes nove meses 452 milhões de euros, mais 2% do que no mesmo período do ano passado”, sublinha o comunicado.

O banco revela ainda que é o segmento de empresas “que regista a maior contribuição para as receitas do grupo”, com a carteira de crédito a alcançar os 30,8 mil milhões de euros, ou seja, um crescimento homólogo de 11,5%. “Considerando a carteira de crédito a empresas só em Espanha, o crescimento é de 11,1%, muito superior à média do setor, que cresce apenas 3,3%, de acordo com os dados até agosto”, detalha o comunicado.

Quanto à atividade em Portugal, à semelhança dos outros países onde o banco está presente, também houve aumentos da quota de mercado: “tanto o crédito como os recursos de clientes crescem a dois dígitos”, precisa o Bankinter.

Num sinal de melhoria dos diversos indicadores o resultado antes de impostos do Bankinter Portugal cresceu 33% atingindo os 54 milhões de euros. A carteira de crédito alcançou os 7,7 mil milhões de euros (mais 13% em termos homólogos) e os recursos de clientes cresceram 12% até aos 6,3 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada com mais informações)

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