Preços de gás nigeriano podem subir e refletir-se no mercado regulado, diz Galp
A Galp voltou a manifestar-se contra a medida do Governo de autorizar o regresso ao mercado regulado do gás, mas afirma que, para já, “o impacto é não significativo”.
A Galp admite que, no próximo ano, podem ser revistos em alta os preços do gás que recebe da Nigéria, “o que poderá significar que o preço para o cliente regulado pode aumentar”, disse o CEO da Galp, Andy Brown, numa chamada com analistas. Os preços de fornecimento estão a ser discutidos com a Nigéria, adiantou.
Brown, que já se havia manifestado contra a decisão do Governo português de permitir o regresso ao mercado regulado do gás às famílias e pequenos negócios, voltou a reforçar a discordância. Afirma que a decisão “foi muito inesperada, não estava em linha com as anteriores indicações do Governo e da Comissão Europeia” e que, “de muitas formas, não é apropriado da parte do Governo” fazer com que a Galp forneça gás tendo em conta “um certo preço de gás” a que a Galp não contrata.
Ainda assim, “o custo, nesta fase, diria que não é tão elevado como estávamos preocupados que fosse” e “o impacto não é significativo”, ressalva o CEO, apontando que transitaram, até agora, apenas 90 mil indivíduos para o mercado regulado, dos 1,5 milhões que era possível terem-no feito.
A chamada com os analistas foi feita no rescaldo da apresentação dos resultados até setembro, que a petrolífera divulgou esta segunda-feira. A Galp lucrou 608 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma subida de 86% face ao mesmo período do ano passado.
Na mesma ocasião, a administração da Galp admitiu que foi cancelada mais uma entrega de gás natural liquefeito (GNL) da Nigéria, que deveria chegar no final de outubro. No entanto, indicou que a empresa “já conseguiu adquirir com sucesso a maior parte” da quantidade necessária para suprir essa falha no mercado. Afirmou ainda que não estão previstos novos impactos para o mês de novembro.
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