CEO da TAP: “É preciso cautela em dar um prazo para a venda”
Christine Ourmières-Widener recorda que a aprovação do plano de reestruturação por Bruxelas demorou um ano, pelo que qualquer processo que seja necessário aprovar "vai levar muito tempo".
O Governo quer vender a TAP dentro de um ano, mas a CEO da companhia aérea pede “cautela em estabelecer um prazo”. “Só para a aprovação do plano de reestruturação foi preciso um ano”, recorda Christine Ourmières-Widener, numa entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), sublinhando que “qualquer processo que seja material e que tenha de ser aprovado vai demorar muito tempo”.
Antes da venda, a presidente executiva da TAP considera que é necessário “assegurar muitas coisas que são estratégicas” para a transportadora, “como os trabalhadores, o hub em Lisboa, o peso da companhia na economia do país e a ligação a países chave”. Ainda assim, considera “positivo” que muitas companhias já tenham manifestado interesse, o que é o caso do grupo IAG, donos da Iberia e British Airways, assim como da Air France-KLM e da Lufthansa. “O país devia ter orgulho em ter uma companhia que captou o interesse e o reconhecimento de três grandes players que veem valor na TAP“, aponta.
Sobre os resultados financeiros da companhia, que na quarta-feira reportou lucros de 111 milhões de euros no terceiro trimestre — apesar de registar um prejuízo de 91 milhões até setembro —, Christine Ourmières-Widener assinala que “todos os sinais apontam para um fim de ano positivo“. No entanto, ressalva a “incerteza com os preços do jet fuel e com uma possível disrupção”. “Temos de ser bastante cautelosos”, realça a CEO.
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