Preço da carne sobe 21%, lacticínios 19% e frutas e legumes 15% desde o início da guerra

Cabaz de produtos essenciais monitorizado pela Deco encareceu mais de 27 euros desde o início da guerra. Carne, lacticínios e as frutas e legumes foram as categorias que mais subiram de preço.

Desde o início da guerra na Ucrânia, o preço de um cabaz de produtos essenciais disparou mais de 27 euros para 210,85 euros, o que representa uma subida de quase 15%, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). A carne, os laticínios e as frutas e os legumes são as categorias que mais aumentaram de preço, com subidas de 21%, 19% e 15%, respetivamente.

A invasão russa da Ucrânia veio puxar ainda mais pelos preços da energia, agravando a escalada de preços de diversos produtos alimentares. Deste então, o preço do mesmo cabaz de bens essenciais disparou 27,22 euros, o que representa um aumento de 14,83% face ao registado em 23 de fevereiro (183,63 euros), um dia antes da guerra, totalizando já 210,85 euros.

Em causa está a monitorização feita desde então pela Deco a 63 produtos alimentares essenciais, que incluem o peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.

Nos últimos oito meses, a carne, os laticínios e as frutas e legumes foram as três categorias que mais aumentaram de preço. Entre 23 de fevereiro, um dia antes de o conflito eclodir, e a passada quarta-feira, o preço da carne disparou 21,17% (mais 6,83 euros), enquanto os laticínios aumentaram 19,08% (mais 2,19 euros) e as frutas e os legumes encareceram 15,27% (mais 3,60 euros). Já o preço do peixe subiu 14,75% (mais 8,90 euros), a mercearia 11,84% (4,99 euros) e os congelados 5,12% (71 cêntimos).

Já no que toca aos produtos que mais aumentaram de preço desde o início da guerra está o açúcar branco (48%), a laranja (47%), a pescada fresca (46%), a polpa de tomate (37%), a couve-coração (36%), o carapau (34%), o bife de peru (33%), o leite UHT meio gordo (32%), o frango inteiro (30%) e a batata vermelha (28%).

Certo é que, de semana para semana, os preços destes produtos variam, aumentando ou reduzindo o custo total do cabaz. Na última semana analisada — entre 26 de outubro e 2 de novembro –, o preço do cabaz recuou apenas dois cêntimos, sendo que os produtos que mais aumentaram foram os douradinhos de peixe (15%), o carapau (14%), o peixe-espada-preto (8%), os medalhões de pescada e as ervilhas ultracongeladas (ambos 6%), o peito de peru fatiado, o queijo flamengo e a carcaça tradicional (4%) e o atum posta em óleo vegetal e o atum posta em azeite (ambos 3%).

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