TAP: Pedro Nuno Santos afasta fim de cortes em salários mesmo com lucro trimestral

O lucro de 111 milhões de euros no terceiro trimestre é insuficiente para acabar com os cortes nos salários dos trabalhadores da TAP. O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, relembrou que é necessário apresentar um resultado líquido positivo anual para terminarem as reduções no vencimento dos funcionários da companhia aérea portuguesa.

“Não podemos terminar cortes na TAP enquanto a empresa der prejuízo”, respondeu Pedro Nuno Santos à deputada do PCP Paula Santos durante a audição parlamentar na especialidade do Orçamento do Estado para 2023. Apesar do lucro entre julho e setembro, a TAP registou um prejuízo acumulado de 91 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. O ministro já tinha afastado o fim dos cortes dos trabalhadores da TAP em 13 de outubro, durante uma audição parlamentar.

Atualmente, os pilotos recebem menos 35% do ordenado, ao abrigo do plano de reestruturação da companhia aérea. Os cortes nos salários dos restantes trabalhadores aplicam-se a vencimentos a partir dos 1.410 euros.

Ainda sobre a TAP, o ministro recusou-se a responder às perguntas do Chega e do Iniciativa Liberal relativamente ao modelo de abertura do capital da empresa. Em 13 de outubro, Pedro Nuno Santos voltou a defender que a TAP deve ser integrada num grande grupo de aviação.