Projeto imobiliário de 18 milhões da JOM ocupa têxtil falida de Guimarães
No terreno da histórica fábrica do Castanheiro, o grupo vimaranense que detém as lojas de mobiliário e decoração JOM vai construir um terceiro empreendimento com 58 casas, até abril de 2024.
Depois de avançar com projetos imobiliários no Porto e em Vila Real, o grupo JOM, com origem nos negócios do mobiliário e da decoração, está a dinamizar um terceiro empreendimento residencial no concelho de Guimarães, constituído por quatro blocos e que agrega um total de 58 habitações.
Segundo adiantou ao ECO a gestora de imóveis e projetos da JOM, Raquel Mendes, o empreendimento do Castanheiro vai herdar o nome da histórica fábrica do setor têxtil que funcionou naquele local – a empresa centenária faliu em 2013, quando já só tinha perto de uma centena de trabalhadores — e representa um investimento de 18 milhões de euros.
Dinamizado pelo grupo fundado pelo empresário vimaranense Joaquim de Oliveira Mendes, este projeto habitacional situado na freguesia de Urgezes, próximo do centro histórico e da serra da Penha, tem conclusão prevista para abril de 2024. O “andar modelo” estará concluído no final de dezembro, altura em que abre igualmente o período de vendas.
Os quatro blocos do complexo do Castanheiro incluem 58 habitações: 14 tipologias T1, 20 tipologias T2, uma tipologia T2+1 e ainda 23 tipologias T3. Os blocos são unidos pelo piso da cave, que está destinado ao estacionamento automóvel, tem uma sala de condomínio que pode ser utilizada para eventos e outra sala para ginásio.
Negócio de 46 milhões expande no Porto e Vila Real
Além da JOM Investimentos, que atua no mercado imobiliário e na gestão de obras e construção, e da marca retalhista de artigos para lar, que soma atualmente 24 lojas – a mais recente abriu em Portimão em março deste ano, num investimento de 4,5 milhões de euros –, o grupo que emprega atualmente 460 pessoas integra ainda a JOM Indústria, que se dedica ao fabrico de mobiliário e fornece mais de metade dos móveis que comercializa nas lojas próprias.
Em 2021, o volume de negócios do grupo empresarial de origem minhota rondou os 46 milhões de euros, com a área imobiliária dos arrendamentos a pesar 5% do total. “O impacto maior das vendas dos empreendimentos será no ano de 2023, pois as escrituras irão realizar-se entre janeiro e março [do próximo ano]. Depois disso, prevemos que a área imobiliária represente cerca de 31%” do negócio, calcula ao ECO a gestora de imóveis e projetos.
O impacto maior das vendas dos empreendimentos será no ano de 2023, pois as escrituras irão realizar-se entre janeiro e março. Prevemos que a área imobiliária represente cerca de 31% do negócio.
A primeira obra desta vertente imobiliária a ficar pronta, já em dezembro, é o Porto Olimpo, junto ao campus universitário da Asprela, que foi redimensionado para 145 apartamentos: num dos blocos tem 34 T1 e 2 T0; e no outro 109 tipologias T0. “A torre de 109 apartamento foi vendida a um investidor e a torre mais pequena está a ser comercializada pela JOM, tendo já sido vendidos 50% dos apartamentos”, esclarece Raquel Mendes.
Em abril de 2021 tinha sido anunciada a construção daquele que é o segundo projeto residencial do grupo, em Vila Real. A gestora concretiza que o Villas Residence, que conta com um investimento de quatro milhões de euros, foi também reorganizado em 3 T2, 6 T1+1, 9 T1 e 15 T0. Já só estão disponíveis as duas tipologias mais pequenas, estando a conclusão desta obra calendarizada para fevereiro de 2023.
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