Pleo despede 15% da equipa global. “Ninguém em Portugal foi afetado”

Depois de rápido crescimento, fintech dinamarquesa opera restruturação que vai levar à saída de até 150 pessoas. Portugal, onde está desde julho, não é afetado.

A fintech dinamarquesa Pleo vai cortar 15% do seu número de colaboradores, decisão que passa pela saída de até 150 colaboradores. Portugal, mercado onde a companhia entrou em julho, não deverá ser afetado por esta reestruturação, garante fonte oficial da fintech à Pessoas. No verão, a empresa tinha 70 pessoas na equipa portuguesa.

Depois de crescer ao ritmo de 100 pessoas todos os meses no último ano, até cerca de 1.000 colaboradores e presença em 16 mercados, a dinamarquesa Pleo travou.

“O mundo mudou e o nosso próximo capítulo será diferente. Não estamos já a operar sob um mandato de ‘crescer primeiro’, mas numa realidade de ‘crescer com foco e eficiência’. O foco nos diversos mercados que servimos e em impulsionar a eficiência é tudo o que fazemos. O que nos trouxe até aqui não é o que nos levará até lá”, diz Jeppe Rindom, cofundador e CEO da fintech, numa publicação no blogue da companhia.

“Estabelecemos as nossas prioridades e definimos a nossa estratégia para o próximo ano. Infelizmente, vai impactar 15% dos nossos colaboradores, cerca de 150 dos nossos colegas terão de nos deixar”, anunciou o gestor.

Portugal não é afetado pela reestruturação, diz empresa

Portugal não deverá ser impactado por esta reestruturação ao nível de saídas de pessoas. “Ninguém da equipa em Portugal foi afetada pela reestruturação e o nosso produto está a funcionar como de habitual para os clientes portugueses”, garante fonte oficial da empresa quando contactada pela Pessoas.

Em julho, a fintech dinamarquesa, que propõe facilitar às PME e micro empresas o registo de despesas, entrou no mercado português. Na época, a equipa Pleo em Lisboa era composta por 70 pessoas e os planos eram, até ao final do ano, atingir mais de 100 colaboradores no hub instalado num edifício de oito pisos na Avenida da Liberdade.

Ninguém da equipa em Portugal foi afetada pela reestruturação e o nosso produto está a funcionar como de habitual para os clientes portugueses.

Os planos para o hub português eram ambiciosos. “Será um hub importante para as equipas de vendas. Será um ecossistema de Academia em que teremos pessoas que começam a sua carreira aqui em Lisboa, que cobrem diferentes mercados, incluindo o português, e a ideia é que fiquem cerca de 1,5 anos connosco e depois podem dar continuidade às suas carreiras em outros escritórios, em outros mercados, Madrid, etc. Lisboa será o segundo maior escritório fora da Dinamarca, a nossa sede. Temos muitas expectativas para Portugal”, adiantava Álvaro Dexeus, head of southern europe da Pleo, em entrevista em julho à Pessoas.

Apesar dos sinais de arrefecimento do mercado de capitais já ter motivado na época decisões de abrandamento de empresas tech, em julho a visão ainda era de expansão e crescimento. No ano anterior, a Pleo tinha levantado 350 milhões de dólares – dos quais 200 milhões em dezembro – elevando para 4,7 mil milhões de dólares a avaliação da startup unicórnio. Foi uma das maiores da série C em toda a Europa e alimentou os planos de expansão para Portugal, mas não só. Em dezembro, os objetivos passavam por abrir em mais 14 mercados, a começar por Áustria, Finlândia, Holanda e França.

E o objetivo era continuar a crescer e não havia sinais de corte de pessoas. “Há muitos planos para o Sul da Europa e não vamos abrandar. Mas estamos atentos e a trabalhar porque temos de estar cientes do que se está a passar no mercado, mas neste momento, não nos está a afetar. Não fizemos nenhum lay-off e nenhum está no nosso horizonte”, garantia no verão Álvaro Dexeus.

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