“Vamos devolver às famílias o acréscimo de receita que o Estado teve”, promete Medina

Ministro das Finanças diz que Governo vai "atingir a meta do défice" com que se comprometeu, mas que não vai "trabalhar para um superávite orçamental".

O ministro das Finanças disse esta sexta-feira no Parlamento que o Governo vai “devolver” às famílias de classe média e “mais vulneráveis” o acréscimo de receita que o Estado teve em 2021. Isso porque o Executivo não vai “trabalhar para um superávite orçamental”.

“Vamos devolver às famílias o acréscimo de receita que o Estado teve”, disse Fernando Medina, durante uma audição de discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), em resposta ao deputado do Livre, Rui Tavares.

“Vamos atingir a meta do défice com que nos comprometemos, mas não vamos trabalhar para um superávite orçamental durante este ano“, continuou o ministro, notando que foi isso que o Governo fez com os pacotes “Famílias Primeiro”, em que devolveu “toda a receita estimada adicional de IVA”.

Medina disse ainda que “o choque de preços continuará a marcar a vida de todos”, uma vez que, apesar de se prever uma redução no próximo ano, a inflação continuará elevada. “A inflação é uma das variáveis mais difíceis de antecipar, mas é seguro afirmar que o choque de preços continuará a marcar a vida de todos”, disse o ministro.

O responsável pela pasta das Finanças assinalou que as últimas previsões antecipam uma descida da inflação em 2023, colocando-a em níveis ainda elevados, entre os 4% e os 5,8%. “Vários indicadores apontam para reduções de preços de transportes e matérias-primas nos mercados internacionais, que terão certamente impactos estruturais na formação dos níveis de preços, sendo ainda cedo a avaliação dos seus impactos”, apontou.

Fernando Medina destacou ainda que os bancos centrais deverão prosseguir a subida das taxas de juros. “Nas previsões disponíveis de mercado, poderão subi-las [as taxas de juro] ainda em 2023, colocando-as no valor mais elevado em vários anos. Este é um desafio que convoca Estado, bancos, famílias e empresas a um novo contexto da política monetária no qual teremos que viver”, vincou.

Ainda assim, o ministro da tutela, perante os dados disponíveis, acredita que Portugal “está em condições de voltar a ter em 2023 uma economia com melhor desempenho entre as economias europeias”.

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