Custos com salários aumentaram 4,1% no terceiro trimestre
Os custos salariais e os outros custos, ambos medidos por hora efetivamente trabalhada, aumentaram 4,1% no terceiro trimestre.
Os custos do trabalho aumentaram 4,1% no terceiro trimestre, segundo revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira. Esta evolução representa um abrandamento face ao trimestre anterior e reflete uma subida homóloga de 4,1% nos custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) e nos outros custos (também por hora efetivamente trabalhada).
Apesar da subida, os indicadores dos custos salariais (salário, prémios e etc.) e outros custos (indemnização por despedimento e encargos como a contribuição patronal e seguros de saúde) estão a desacelerar, já que no trimestre anterior tinham subido 5,7% e 6,4%, respetivamente. Os aumentos mais acentuados nos custos com salários registaram-se na indústria (5,7%) e na construção (4,7%), enquanto na Administração Pública e nos serviços foram observados acréscimos menores, de 3,8% e 3,3%, respetivamente.
O gabinete de estatísticas explica que os custos salariais e os outros custos tiveram uma evolução idêntica devido à “normalização do pagamento das contribuições patronais das empresas que, durante a pandemia Covid-19, aderiram ao regime de lay-off simplificado ou ao Apoio Extraordinário à Retoma Progressiva, ficando isentas do pagamento das contribuições patronais”. O pagamento destas contribuições “foi retomado no segundo trimestre 2021, tendo os outros custos registado um aumento mais acentuado em relação aos custos salariais nos segundo e terceiro trimestres de 2021 e primeiro e segundo trimestres de 2022”.
Olhando para a evolução homóloga do Índice de Custo do Trabalho, esta “resultou do acréscimo de 4,6% no custo médio por trabalhador e do acréscimo de 0,5% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador”, adianta o INE.
A subida nos custos com trabalhadores sentiu-se em todas as atividades económicas, com destaque para as áreas que “abrangem genericamente o setor privado da economia (5,0% na indústria, 5,2% na construção e 5,3% nos serviços)“. Por outro lado, a “Administração Pública observou um acréscimo menor, de 3,5%”, nota o INE.
As horas efetivamente trabalhadas por trabalhador aumentaram nos serviços (1,9%) e na construção (0,5%), mas diminuíram na indústria e a Administração Pública (0,7% e 0,4%, respetivamente).
É de salientar que têm surgido alertas para uma possível espiral inflacionista com a subida de salários, que daria mais um empurrão à inflação. No entanto, o FMI argumenta que este ainda é um risco limitado. Segundo os dados do INE, os custos com salários aumentaram, mas menos do que no trimestre anterior.
(Notícia atualizada às 11h30)
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