Mais de 45% dos portugueses pedem a alguém para entregar IRS

Mais de metade dos portugueses teve pelo menos um problema ao entrar numa página de internet de uma entidade pública nos últimos 12 meses.

Mais de 45% dos portugueses pede a outra pessoa para entregar a sua declaração digital de IRS junto da Autoridade Tributária. Esta é uma das conclusões do inquérito deste ano relativo à utilização de tecnologias da informação e da comunicação nas famílias, divulgado nesta segunda-feira. Mais de metade das 6.594 famílias inquiridas assume que encontrou pelo menos um problema em aceder a uma página na internet de uma entidade pública nos últimos 12 meses.

Apenas 29,1% dos inquiridos assumem que foram ao Portal das Finanças entregar a sua própria declaração, segundo o inquérito elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). 45,7% dizem que a declaração digital foi entregue por outra pessoa, não sendo especificado se houve pedido a um familiar, amigo ou mesmo a um contabilista.

Como o inquérito do INE abrangeu os comportamentos dos últimos 12 meses, ainda houve 1,8% dos inquiridos que disseram que entregaram a declaração do IRS em papel. A partir deste ano deixou de ser possível tratar deste processo em formato físico. Houve ainda 1,3% dos participantes que entregaram a declaração do IRS de forma automática, isto é, “sem qualquer intervenção do próprio ou de terceiros”.

Foi na Área Metropolitana de Lisboa que houve maior proporção de pessoas (37,9%) a entregar a declaração de IRS pela internet. A menor percentagem (23,1%) verificou-se na região Norte.

Mais de dois terços dos participantes (68,7%) usaram a internet ou aplicações móveis para aceder a informações de entidades públicas, sobretudo para consultar informação pessoal (53% das respostas). No entanto, mais de metade dos inquiridos (52,2%) teve pelo menos um problema. “Os problemas mais referidos foram problemas técnicos no funcionamento dos websites ou aplicações (36,6%) ou o facto destes websites serem de difícil utilização (33,8%)”, escreve o INE no relatório.

Crescimento marginal de acesso à internet

O INE também quis saber como anda o acesso das famílias à internet. Em 2022, 88,2% das famílias estavam ligadas, mais 0,9 pontos percentuais do que no ano anterior. Praticamente todos os acessos (84,6%) foram por banda larga.

O estudo revela que 93 em cada 100 famílias tinham acesso ao telefone em casa, sendo que 85,6% dos serviços fixos estavam integrados num pacote com outras opções de telecomunicações (fixos ou móveis). A subscrição de televisão é o principal serviço disponível para as famílias, com 87,9%. 80,4% das famílias tinha os serviços integrados em pacote.

Os dados do INE mostram ainda que 38,6% das famílias “têm apenas acesso à Televisão Digital Terrestre (TDT) na sua residência principal”. Em 29,2% das famílias inquiridas, o acesso à TDT era acumulado o serviço de televisão por subscrição.

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