Interferência de Costa no caso BIC pode ser “razão suficiente” para questionar a sua continuidade, diz Poiares Maduro
Social-democrata diz que "é natural que o primeiro-ministro comunique com o governador do BdP", mas avisa que se provar que houve interferência no caso BIC pode ser razão para questionar continuidade.
Miguel Poiares Maduro avisa, em entrevista conjunta ao Público e à Renascença (acesso livre), que se se confirmar a interferência de António Costa no caso BIC pode “ser razão suficiente para colocar em causa a continuação” do primeiro-ministro.
O social-democrata considera que a “independência” entre poderes “não é colocada em causa por existir comunicação em matérias em que as competências das duas partes se possam de alguma forma cruzar”. Contudo, sobre o caso concreto da alegada pressão que António Costa terá feito a Carlos Costa para manter Isabel dos Santos na administração do BIC, Poiares Maduro alerta que “nessa competência do Banco Portugal o Governo não tem de ter a mínima intervenção” e que essa interferência “poderia ser razão suficiente para colocar em causa a continuação” do primeiro-ministro.
“Se o primeiro-ministro comunicou uma preferência ao governador relativamente a uma questão de escolha de idoneidade para o exercício de funções de administração ou titular de um banco, isso é, do meu ponto de vista, uma interferência inaceitável na independência do Banco Portugal”, acrescenta na mesma entrevista.
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