‘Dar ghost’ a um empregador. Saiba como minimizar os ‘candidatos fantasma’

O "ghosting" nos processos de recrutamento e seleção é quando um candidato, a meio do caminho para uma determinada posição, desaparece, sem dar qualquer aviso à empresa.

Numa altura em que se compete pelo melhor talento, os profissionais de recursos humanos falam de um fenómeno de ghosting nos processos de recrutamento e seleção, que é, no fundo, quando um candidato, a meio do caminho para uma determinada posição, pura e simplesmente, desaparece sem qualquer aviso ou justificação à empresa que está a recrutar.

“A solução para minimizar o fenómeno do ghosting no recrutamento num contexto de escassez de talento não é mais do que investir num processo de contratação sólido e eficiente”, começa por apontar a Adecco Portugal. “Contudo, tendo em conta o novo paradigma de trabalho, onde o bem-estar das pessoas assume maior relevância do que no passado (mesmo no passado recente), há que acrescentar à rapidez um particular foco na comunicação das regalias que a empresa oferece, flexibilidade, impacto social, ou perspetivas de progressão na carreira”, acrescenta, em comunicado.

Num mercado orientado pelos candidatos, faz mais sentido que dedique algum tempo a reavaliar o seu processo de recrutamento. “Determine se existem formas de acelerar procedimentos, introduzir flexibilidade, comunicar mais e mostrar as áreas em que a sua empresa se destaca, tornando-a o mais atrativa possível”, sugere a empresa especializada em RH.

Conheça as quatro dicas da Adecco Portugal para minimizar o número de candidatos ‘fantasma’ durante um processo de recrutamento:

1. Contrate mais depressa

Tem um processo de recrutamento que dura, tipicamente, quatro semanas? Faça com que dure apenas duas. “Pode parecer uma solução dura, mas neste momento os candidatos recebem ofertas de emprego instantâneas”, justifica a recrutadora. “É improvável que um candidato altamente qualificado espere por uma resposta do seu departamento de recursos humanos se receber outras ofertas mais rapidamente“, acrescenta.

2. Ofereça flexibilidade

Vários processos de contratação envolvem avaliações de personalidade ou testes de competências, uma ferramenta que pode ser muito útil, sobretudo em processos específicos. “O problema não são os testes, mas sim a sua inflexibilidade”, alerta a Adecco Portugal. “Muitos recrutadores só permitem que os candidatos façam testes (online ou pessoalmente) durante o horário normal de expediente, e isso é um problema. No mercado atual, será difícil encontrar um candidato disposto a tirar uma tarde de folga do seu trabalho atual para participar num teste de aptidão de 30 minutos.”

Portanto, se tiver que pedir avaliações, não se esqueça de dar aos candidatos múltiplas opções (manhã, tarde e noite), de forma a aumentar as probabilidades de participação.

3. Comunicar por excesso e não por defeito

Outra das recomendações é que estabeleça vários checkpoints ao longo de todo o processo de contratação. “Mesmo que pareça excessivo, é muito melhor comunicar com um candidato por excesso do que por defeito: dar pouca informação pode conduzir mais facilmente ao sentimento de insegurança sobre o que está a oferecer e fomentar a desistência do processo“, explica a empresa de RH.

“Nunca esteja longe da inbox do seu candidato. Pode até considerar a possibilidade de preparar um almoço ou café antes do primeiro dia oficial de um novo colaborador, envolvendo-o na organização mais informalmente e mostrando interesse pela pessoa. Quanto mais estiver em contacto com e puder desenvolver uma relação com ela, menos provável será a ocorrência do fenómeno ghosting’.

4. Aposte na comunicação de regalias

Finalmente, e de modo a ter vantagem competitiva perante os seus concorrentes, se a sua empresa oferece vantagens atrativas, nomeadamente benefícios, certifique-se de que todos os seus candidatos as conhecem. Mencione-as logo nos anúncios de emprego, mas também nas entrevistas e até emails.

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