Após preços recorde, Galp quer entregar 900 milhões de euros aos acionistas
Contribuição extraordinária sobre os lucros inesperados, que será cobrada em 2022 e 2023, pode vir a reduzir este montante.
A Galp quer distribuir 900 milhões de euros em remunerações aos acionistas em 2023 na sequência dos resultados obtidos pela empresa este ano, impulsionados pelos preços recorde da energia, avança o Observador. A estimativa foi apresentada aos investidores a propósito dos resultados do terceiro trimestre, representando um aumento de mais de 50% face à distribuição de ganhos feita ao longo deste ano relativa aos resultados de 2021.
O jornal refere que a divulgação do montante a distribuir acontece antes de se conhecer o diploma que aplica em Portugal a contribuição extraordinária europeia sobre os lucros extraordinários. O valor tem como base a política de distribuição de até um terço dos meios libertos pela operação — cash-flow operacional –, mas a petrolífera admite que pode vir a ser menor devido à taxa extraordinária, que será cobrada em 2022 e 2023. A Assembleia da República vai debater esta terça-feira, no plenário, a proposta de lei do Governo para a tributação dos lucros extraordinários.
Os dividendos, que são a forma tradicional de remunerar os detentores de ações de empresas, podem não ser a maior fatia dos ganhos a distribuir pelos acionistas da Galp. A empresa prevê uma subida de 4% no dividendo a atribuir, mas o grande salto virá da compra de ações próprias (share buyback), num programa que começou a ser executado este ano com um investimento de 150 milhões de euros e que será substancialmente reforçado no próximo ano para um patamar próximo dos 500 milhões de euros.
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