Filipe Silva substitui Andy Brown à frente da Galp
Galp promove atual administrador financeiro a presidente executivo a partir de janeiro de 2023. Paula Amorim diz que é a sucessão que "melhor permite continuar o percurso de crescimento" da empresa.
A Galp anunciou esta quarta-feira que o conselho de administração decidiu “por unanimidade” escolher Filipe Silva como novo presidente executivo, que se prepara assim para deixar as funções de administrador financeiro (CFO), que ocupava desde 2012.
Num comunicado enviado à CMVM, a empresa de energia refere que o gestor português vai render Andy Brown a partir de janeiro e até à próxima assembleia geral anual, mas informa que o maior acionista (Amorim Energia) vai mesmo propor que seja Filipe Silva a liderar o comité executivo até 2026.
Estou certa de que esta sucessão é a que melhor permite à Galp continuar o seu percurso de crescimento e transformação, de acordo com as orientações estratégicas definidas.
“É um executivo com uma vasta experiência na empresa e nos mercados de energia, e estou certa de que esta sucessão é a que melhor permite à Galp continuar o seu percurso de crescimento e transformação, de acordo com as orientações estratégicas definidas. Desejo ao Filipe as maiores felicidades nas suas novas funções”, afirmou Paula Amorim, presidente da Galp.
Natural de Lisboa, onde nasceu há 58 anos, Filipe Crisóstomo Silva é licenciado em Economia e Gestão Financeira e tem um mestrado em Gestão Financeira, ambas pela Catholic University of America (EUA). Antes de ingressar na Galp, o gestor era CEO do Deutsche Bank em Portugal, função que acumulou a partir de 2008 com a responsabilidade anterior pelas áreas de investment banking deste banco germânico no mercado nacional.
Troca liderança antes do prazo do plano estratégico
O britânico Andy Brown, gestor de topo da indústria petrolífera que no ano passado tinha substituído Carlos Gomes da Silva na liderança da Galp – que não levou o mandato até ao fim, que terminaria apenas no fim de 2022 – vai sair a 31 de dezembro depois de menos de dois anos no cargo e antes do fecho do prazo do plano estratégico da companhia.
A petrolífera não apontou motivos para a saída, além do fim do mandato, mas, ao que o ECO apurou, a decisão de não continuar foi de Andy Brown, numa altura em que se avizinham tempos conturbados para a indústria, sob forte pressão da opinião pública e dos Governos devido aos lucros muito elevados.
E a Galp não terá apenas de encontrar um novo presidente executivo para substituir o gestor britânico, que começou a acelerar a transição energética e sai com mais lucros e a cotação a subir. É que para cumprir a legislação, que obriga a que pelo menos um terço dos membros do conselho de administração sejam do género menos representado, terá de aumentar a presença feminina. O órgão máximo de gestão é atualmente composto por 19 membros, dos quais apenas cinco são mulheres.
Nos primeiros nove meses deste ano, a Galp Energia registou um lucro de 608 milhões de euros, um aumento de 86% face ao ano anterior. Todos os segmentos de negócio apresentaram “um forte desempenho”, mas o aumento dos preços do petróleo e o negócio de refinação ajudam a explicar os resultados.
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