Ryanair investe 400 milhões em 18 novas rotas desde Porto e Faro

Companhia irlandesa limita investimento a Porto e Faro devido ao aumento das taxas aeroportuárias em Lisboa, Madeira e Açores. Investimento vai criar 120 postos de trabalho.

A Ryanair vai criar mais 18 novas rotas para ligar o Porto e Faro ao resto da Europa no verão de 2023. A companhia irlandesa anunciou esta quarta-feira este investimento de 400 milhões de euros, que incluirá ainda a adição de quatro novas aeronaves e que que permitirá criar 120 postos de trabalho.

No próximo verão, desde o Porto, será possível viajar diretamente para Bristol (Inglaterra), Castellón (Espanha), Leeds (Inglaterra), Maastricht (Países Baixos), Nimes (França), Shannon (Irlanda), Estocolmo (Suécia), Estrasburgo (França), Trapani (Itália), Turin (Itália) e Cracóvia (Polónia).

para Faro, os novos destinos são Arhus (Dinamarca), Barcelona (Espanha), Beslfast (Inglaterra), Exeter (Inglaterra), Frankfurt AM (Alemanha), Roma Fiumicino (Itália) e Toulouse (França).

No lançamento destas rotas, a Ryanair está com uma promoção para viagens de três dias a partir de 29,99 euros. Os voos devem ser comprados até 23 de dezembro e as viagens devem ser feitas entre abril e outubro de 2023.

Estas novas rotas, que levarão à soma de quatro novas aeronaves, representam um investimento de 400 milhões de euros, anunciou esta quarta-feira a Ryanair, numa conferência de imprensa virtual com os jornalistas. Serão criados 120 postos de trabalho “altamente remunerados”.

A companhia low-cost explica que este crescimento no Porto e Faro é “resultado direto da intervenção” da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que tentou “impedir” que a ANA – Aeroportos de Portugal — a quem a Ryanair chama “operador aeroportuário monopolista” — “introduzisse taxas aeroportuárias excessivas em ambos os aeroportos”.

Recorde-se que a ANA tinha proposto subir as taxas aeroportuárias, em média, 10,81% nos aeroportos nacionais, mas a ANAC chumbou essa proposta e decidiu que, em Lisboa, a subida só poderá ser, no máximo, dois pontos acima da inflação, enquanto em Faro e no Porto o limite é mesmo a inflação.

A Ryanair nota que, “lamentavelmente, a intervenção da ANAC não foi suficiente noutros aeroportos, tendo Lisboa, Madeira e Açores aumentado significativamente as tarifas, colocando, além das taxas excessivas, uma outra ameaça ao crescimento do turismo em Portugal“. “Os turistas irão enfrentar custos mais elevados ao visitar a Madeira em relação a outros destinos de férias não europeus”, diz a companhia.

A empresa apela, assim, à ANAC e à ANA para “alargarem a redução das taxas aeroportuárias a todos os aeroportos portugueses e apela, uma vez mais, ao Governo português para confirmar a abertura do novo aeroporto de Lisboa assim que possível”.

É “cada vez mais provável” que o novo centro de treinos da Ryanair seja em Portugal

Na mesma conferência de imprensa, o CEO da Ryanair disse ser “cada vez mais provável” que o novo centro de treinos da companhia seja instalado em Portugal e não em Espanha. “Está a tornar-se cada vez mais provável que Portugal seja o vencedor, como sempre acontece quando o concorrente é Espanha”, disse Michael O’Leary.

A localização para o novo centro de treinos da companhia aérea ainda não está decidida, mas o responsável apontou que deverá ser anunciada “antes do final de janeiro”.

No início de setembro, Michael O’Leary disse que a Ryanair quer abrir um novo centro de treinos para pilotos e tripulantes de cabine na Península Ibérica e admitiu que o Porto é uma das hipóteses em consideração. No entanto, no final de outubro, em Lisboa, Eddie Wilson avançou que a decisão deveria ser tomada nos três meses seguintes e que Madrid se apresentava como uma opção com melhores conexões.

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