Tomás Correia arguido em processo que deriva da Operação Marquês
O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral é suspeito de ter recebido 1,5 milhões de José Guilherme, um construtor civil de Amadora. O processo investiga burla qualificada e branqueamento.
O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral é suspeito de ter recebido mais de um milhão de euros para aprovar o financiamento de José Guilherme, um construtor civil da Amadora. Isto depois de o Diário de Noticias ter dito que o Ministério Público está a investigar outros banqueiros por burla qualificada num processo que surge a partir da Operação Marquês.
A Sic Notícias avança que Tomás Correia, o atual líder da Associação Mutualista e ex-presidente do Montepio, é acusado de ter recebido 1,5 milhões de euros de José Guilherme, construtor civil da Amadora que ficou conhecido por ter dado 14 milhões de dólares “de presente” a Ricardo Salgado. No início do ano, o ex-banqueiro foi envolvido num inquérito-crime do DCIAP sobre burla qualificada, abuso de confiança, branqueamento de capitais, fraude fiscal e “eventualmente corrupção”, de acordo com um comunicado oficial.
O Diário de Notícias já tinha avançado que o Ministério Público tinha na mira novos suspeitos ligados ao setor da banca. São “pessoas distintas” das já constituídas arguidas no processo, de nacionalidade portuguesa e que “tinham responsabilidades em instituições financeiras e na concessão de crédito”, podendo estar em causa o crime de burla qualificada, de acordo com o jornal.
Estas novas suspeitas sobre banqueiros e recebimentos de comissões ilegais resultam dos últimos dados bancários enviados pela Suíça para o Ministério Público português. Segundo o procurador Rosário Teixeira, os movimentos financeiros detetados na Suíça nas contas bancárias dos responsáveis por instituições financeiras são “contemporâneos com intervenções e procedimentos de financiamento a clientes”.
A Operação Marquês envolve o antigo primeiro-ministro José Sócrates que, alegadamente, terá recebido dinheiro dos promotores do Grupo Vale do Lobo e do Grupo Espírito Santo através de Carlos Santos Silva.
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