Governo aprovou injeção de mais 980 milhões na TAP
O ministro das Finanças assinou o despacho que autoriza o último cheque do Estado para a TAP, avança a CNN Portugal. Companhia recebe mais 980 milhões de euros.
O ministro das Finanças assinou na segunda-feira o despacho que autoriza a entrada de mais 980 milhões de euros na TAP, naquele que é o último reforço de capital previsto no âmbito do plano de reestruturação aprovado pela Comissão Europeia, avança a CNN Portugal.
A entrada deste último cheque estava prevista no Orçamento do Estado e completa o bolo de 3,2 mil milhões de euros acordado com Bruxelas para a recapitalização da companhia aérea. De acordo com as regras comunitárias, a TAP não poderá receber mais auxílios de Estado nos próximos 10 anos.
O despacho foi assinado no mesmo dia em que subiram de tom as críticas dos partidos – e os pedidos de esclarecimento por parte do Presidente da República – devido à indemnização de 500 mil euros pagos pela TAP à atual secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, quando saiu da companhia aérea no final de fevereiro.
O anterior aumento de capital também chegou no final de 2021, quando o Estado injetou 536 milhões, que se somaram aos 462 milhões entrados em maio. Além disso, procedeu à conversão em capital de um financiamento público de 1.200 milhões. Na altura, com esta dupla operação, a companhia aérea passou a ser detida exclusivamente pelo Estado.
Daqui em diante, a TAP terá de conseguir sobreviver apenas com os resultados que gerar e com financiamentos no mercado. Nos primeiros nove deste ano, a transportadora apresentou um prejuízo de 91 milhões de euros, mas um resultado operacional recorde de 154 milhões. Olhando apenas para o terceiro trimestre, a companhia teve um lucro de 111 milhões. “A procura para o quarto trimestre mantém-se bastante forte, suportando as expectativas de um bom resultado acumulado até final do ano“, dizia, na altura, a CEO, Christine Ourmières-Widener.
A Comissão Europeia deu luz verde ao plano de reestruturação da TAP no dia 21 de dezembro de 2021, obrigando, no entanto, a companhia a ceder 18 slots (nove pares de descolagem e aterragem) no aeroporto de Lisboa e a vender as participações na Manutenção & Engenharia Brasil, Cateringpor e Groundforce. A transportadora ficou obrigada também a um agressivo corte de custos, nomeadamente com pessoal.
(notícia atualizada às 17h41)
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