Diretor-geral de Economia da Comissão Europeia pede “esforço extra” a Portugal

  • ECO
  • 27 Dezembro 2022

Maarten Verwey defende que dívida deve ser colocada numa "trajetória de redução firme", com ajustamento orçamental "um pouco menos exigente" mas com uma "aplicação mais forte das regras".

Ao trocar a regra da dívida por um teto na despesa, Bruxelas espera que as novas regras orçamentais sejam mais fáceis de cumprir do que até aqui. Portugal, porém, pelo nível elevado de dívida que ainda tem, terá de apertar um pouco mais o cinto para conseguir cumprir as novas regras, avisa, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), o diretor-geral da Economia da Comissão Europeia, Maarten Verwey.

“Defendemos que é muito importante, especialmente para países muito endividados, que a dívida seja colocada numa trajetória de redução firme. O ajustamento orçamental pode, de facto, ser um pouco menos exigente, comparado com as regras atuais, mas a contrapartida é uma aplicação mais forte das regras, para garantir que os países realmente cumprem”, refere o responsável

Verwey vai mais longe e considera: “Se aplicarmos o nosso novo sistema vai ser necessário algum esforço orçamental extra para garantir que a dívida está numa trajetória de redução plausível e sustentada”. Ainda assim, “vai levar tempo a chegar aos 60%, mas eventualmente Portugal vai chegar lá”, conclui. No Orçamento do Estado para 2023, o Executivo antecipa uma descida da dívida pública de 4,2 pontos percentuais, para 110,8% do PIB no próximo ano.

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