Montepio encolhe prejuízos para 86,5 milhões

A Caixa Económica Montepio fechou 2016 no vermelho, mas conseguiu encolher os prejuízos. O banco registou prejuízos de 86,5 milhões de euros.

O Montepio teve prejuízos, mas conseguiu fechar o ano com um resultado bem menos negativo. Passou de 243,4 milhões de euros negativos para 86,5 milhões, beneficiando da quebra nas dotações para o crédito malparado. O rácio de capital subiu, ficando acima dos 10%.

“O resultado líquido de 2016 apresentou uma melhoria de 156,9 milhões de euros para -86,5 milhões de euros, face ao resultado de -243,4 milhões de euros, registado em 2015″, refere o banco liderado por Félix Morgado. O presidente do Montepio refere, na apresentação dos resultados, que a “recuperação dos resultados foi significativa” no ano passado e que isso “permite confirmar a ambição de ter resultados positivos já no primeiro trimestre de 2017″.

Nas contas do último ano a margem financeira cresceu ao mesmo tempo que o peso das imparidades diminuiu. “Em 2016 a margem financeira, num contexto de taxas de juro historicamente baixas, apresentou um crescimento homólogo de 29,2% ao atingir 253,2 milhões de euros, beneficiando da diminuição do custo dos depósitos de clientes, dos menores custos com a dívida emitida e da política de repricing da carteira de crédito“, diz o banco. As comissões cresceram 5,6% para 101,5 milhões.

“O valor das entradas de créditos em incumprimento, no ano de 2016, registou uma diminuição homóloga de 33,9%, resultante de uma redução de 0,9% do número de contratos que entraram em incumprimento”, nota o banco. Assim, “o total das dotações para imparidades em 2016 atingiu o montante de 243,2 milhões de euros, o qual representa um decréscimo homólogo de 29,3% face a valor de 343,8 milhões de euros, registado em 2015″.

Mais capital

Apesar dos prejuízos, o Montepio aumentou os rácios de capital, “beneficiando do aumento do capital institucional de 270 milhões
de euros, realizado pelo Montepio Geral – Associação Mutualista (MGAM), em março de 2016″, mas também fruto da redução dos ativos ponderados pelo risco.

Face a 2015, os rácios Common Equity Tier 1 (CET1) e Capital Total evoluíram de 8,8% para 10,4% e de 9,7% para 10,9%, respetivamente”. “Os rácios de capital não incluem o efeito positivo associado ao Regime Especial dos Ativos por Impostos Diferidos (estimado em +30pb), cuja adesão foi aprovada na Assembleia Geral Extraordinária da CEMG realizada no dia 6 de julho de 2016”, diz o banco.

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