Crédito Agrícola quer mudar lei para ter novos acionistas

  • Lusa
  • 30 Março 2017

Depois da Caixa Económica Montepio Geral, agora é a vez do Crédito Agrícola propor uma mudança da lei para passar a sociedade anónima. Ou seja, poder receber novos acionistas.

O Crédito Agrícola apresentou há três meses ao Banco de Portugal uma proposta para alteração do regime jurídico que visa transformar a Caixa Central, entidade de topo do grupo, em sociedade anónima, esperando concluir o processo em 2017.

“Esta proposta não altera a natureza cooperativa do grupo”, destacou Licínio Pina, presidente do Crédito Agrícola, explicando que a transformação em sociedade anónima vai permitir à Caixa Central aceder a novas formas de financiamento junto do mercado de capitais.

Ainda assim, e apesar de esta alteração abrir a possibilidade de entrada de novos acionistas no grupo, Licínio Pina vincou que “as caixas agrícolas terão sempre o controlo do capital“, apontando para a possibilidade de estas entidades subscreverem ações preferenciais.

“Os nossos acionistas são as caixas agrícolas”, reforçou o gestor, acrescentando que se aguarda agora a resposta do Banco de Portugal ao novo “conceito” do grupo, havendo a “expectativa” e o “desejo” de que o processo esteja concluído ainda este ano.

Estamos disponíveis para colaborar com o regulador para encontrar a melhor solução”, afirmou o líder do Crédito Agrícola durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados do grupo em 2016, em Lisboa.

Lucro continua a aumentar

As declarações são feitas depois de o Crédito Agrícola ter registado um um resultado líquido de 59,7 milhões de euros em 2016, uma subida de 10% face ao lucro de 54,1 milhões de euros em 2015, informou hoje o banco cooperativo.

Licínio Pina, presidente do Crédito Agrícola, salientou a “capacidade e disponibilidade” demonstradas pela instituição para dar resposta às necessidades dos seus clientes num “contexto de incerteza que paira sobre alguns dos principais bancos” que operam em Portugal. No negócio bancário, o lucro ascendeu a 72,1 milhões de euros no ano passado, mais 28% do que em 2015.

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