Com o BCE a subir os juros além dos 3%, o coro de críticas ao banco central deverá ficar mais intenso. Os economistas acreditam que só a recessão vai travar o BCE e a tendência de alta dos preços.
Enquanto os políticos europeus “arrastavam os pés”, foi o Banco Central Europeu (BCE) que adotou
medidas decisivas para debelar a grave crise que colocou em causa a sobrevivência do eurona primeira metade da década passada. Frankfurt manteve uma política monetária ultra expansionista, com taxas de juro em terreno negativo e programas de compra de dívida de grande dimensão. Os governos europeus agradeceram ao seu maior credor. Os
custos de financiamento dos países caíram a pique, permitindo compensar as políticas orçamentais expansionistas. Chegou ao ponto de vários países receberem dinheiro para pedir emprestado a dez anos. A dose foi reforçada durante a pandemia, com o BCE a carregar nos estímulos para socorrer uma economia em queda livre. Não foram só os políticos que tiveram em
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