TAP recua na ida para antiga sede dos CTT. Correios em risco de ficar a pagar duas rendas
CTT aceleraram saída do edifício Báltico para dar lugar à TAP, mas companhia diz continuar em "contatos com várias entidades". Correios arriscam pagar renda na sede atual e na antiga.
Em julho do ano passado, o ECO noticiou que a TAP iria mudar-se para a então sede dos CTT no Parque das Nações, uma intenção que veio a ser sustentada pela saída dos Correios desse edifício e consequente mudança para o edifício da Maló Clinic, na Praça de Espanha. Os CTT terão mesmo acelerado a saída do edifício Báltico para dar lugar à TAP, mas negociações com o proprietário não terão terminado bem. Os CTT arriscam, assim, ficar a pagar também a renda da sede antiga, avança o Jornal Económico.
“A TAP não assinou qualquer contrato de arrendamento do edifício Báltico, ou qualquer outro edifício, e continua a analisar a possibilidade de mudança de instalações dos serviços de terra que não necessitam de contiguidade com o aeroporto e, nesse âmbito, mantém contactos com várias entidades”, disse fonte oficial da companhia aérea, em resposta ao Jornal Económico.
A empresa afirma ainda que “não existe qualquer obrigação contratual da TAP nesta matéria, nem com proprietários de edifícios, nem com outras entidades e, se e quando houver, os trabalhadores da companhia serão sempre os primeiros a receber a informação”.
Declarações que podem deixar os CTT numa posição complicada. A empresa acelerou a saída do edifício Báltico para que a TAP pudesse ocupar o mesmo. Citando fontes próximas do processo, o Jornal Económico escreve mesmo que a TAP esteve a negociar com o proprietário do edifício Báltico, o fundo alemão Deka, mas que as conversações terão terminado sem um desfecho que a TAP considerasse aceitável.
O mesmo jornal escreve que terá havido um acordo tripartido — CTT, TAP e fundo Deka — que salvaguardava a transição suave e sem custos para os CTT, já a partir de novembro de 2022, ou o mais tardar em 2023. Mas, com este recuo da TAP, os Correios, mesmo estando a beneficiar de período de carência, arriscam a ficar com o ónus de pagar a renda do edifício Báltico e, em simultâneo, da nova sede, no edifício da Maló Clinic.
Tal como o ECO noticiou em setembro do ano passado, os CTT mudaram-se para o edifício Green Park, na zona da Praça de Espanha, em Lisboa, propriedade da espanhola Incus Capital. A ideia inicial era uma mudança para a antiga sede do ex-Popular, também da Incus, mas os planos caíram por terra — esse edifício vai acolher a Anacom.
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