“Learning with a Purpose – Um Universo de Oportunidades para Pessoas e Organizações” é o mote do Encontro de Academias Corporativas deste ano, organizada pela VdA.
Sob o mote “Learning with a Purpose – Um Universo de Oportunidades para Pessoas e Organizações”, o Encontro de Academias Corporativas deste ano — organizada pela VdA Academia e que se realiza a 19 de janeiro, em parceria com o ECO e a Advocatus — centra-se na análise e discussão dos desafios e perspetivas de futuro das Academias Corporativas e áreas de Learning enquanto elementos estratégicos, ativadores do propósito e potenciadores do negócio das organizações.
Superado o período pandémico que obrigou muitas áreas de Learning a reinventarem-se, seguem-se agora novos desafios, responsabilidades e enormes possibilidades de crescimento. Com este reconhecimento indiscutível, de que forma as Academias de Formação e áreas de Learning poderão elevar-se estrategicamente e que papel desempenharão para definir e implementar o propósito das suas organizações? Que novas estratégias e práticas poderão ser desenvolvidas nos próximos anos para conseguirmos estruturas de formação ainda mais ágeis, fortes, ambiciosas, alinhadas e preparadas para evoluir com as suas organizações e com o seu propósito?
A Advocatus falou com Margarida Couto (Presidente da VdA Academia) sobre este tema.
Pode explicar qual é, exatamente, o papel das Academias Corporativas?
O papel das Academias Corporativas consiste essencialmente no desenvolvimento de competências (tanto hardskils, como softskills) dos colaboradores da organização, de forma estruturada e alinhada com a estratégia e o propósito do negócio, gerando assim valor tanto para os stakeholders internos, como externos (nomeadamente os clientes, que recebem um melhor serviço, em virtude de as pessoas da organização estarem melhor preparadas e permanentemente atualizadas).
Qual o futuro das Academias Corporativas?
As Academias Corporativas são um instrumento que permite gerar confiança no trabalho executado pelos colaboradores, através do desenvolvimento das suas competências profissionais e pessoais, mas são também e cada vez mais um veículo de reforço da cultura e do know how da empresa, alavancando ao mesmo tempo o propósito da organização. Num mundo empresarial em constante mudança, o futuro das Academias Corporativas passa, nomeadamente, pela aposta em ações que assegurem que os colaboradores podem desenvolver no presente as “competências do futuro”.
De notar a este respeito que, o World Economic Forum (WEF) estima que, até 2025, 50% de todos os trabalhadores necessitarão de reskilling (ou de upskilling, mesmo que não desempenhem tarefas passíveis de ser objeto de automação/job destruction) e que, mesmo relativamente àqueles que manterão as atuais tarefas, dois terços das competências que são consideradas importantes para os empregos de hoje, serão alteradas (sendo que um terço das “competências do futuro” não são hoje consideradas cruciais, logo não são suficientemente desenvolvidas).
A retenção e a contratação de advogados são os dois maiores desafios das empresas. Como é que o tema da edição deste ano pode contribuir para isso?
A formação contínua, a possibilidade de beneficiar da aquisição de competências ao longo do percurso profissional é cada vez mais um fator crítico para o desenvolvimento profissional e pessoal dos advogados e demais colaboradores e uma vantagem competitiva na retenção e contratação de talento. Mas esses percursos de aprendizagem serão tão mais eficazes, quanto melhor estiverem alinhados com o propósito da organização, o qual deve ser, por si só, um fator de atração do tipo de talento e de fit. É sobre esta ligação ao propósito da organização, que esperamos que o evento deste ano possa gerar pistas úteis.
Como é que a VdA tem a certeza que os investimentos que estão a ser feitos em formação e em iniciativas de cultura organizacional estão realmente a impactar positivamente os colaboradores?
O facto de a VdA se vir mantendo ao longo dos anos como uma firma de topo com um desempenho de excelência, rigor e pautada por elevados padrões éticos, reconhecida pelo mercado, pelos seus peers e pelos clientes permite-nos acreditar que os investimentos, manifestamente, não só têm tido um retorno muito positivo, como têm contribuído para o reforço da nossa cultura organizacional.
“O World Economic Forum (WEF) estima que, até 2025, 50% de todos os trabalhadores necessitarão de reskilling (ou de upskilling, mesmo que não desempenhem tarefas passíveis de ser objeto de automação/job destruction) e que, mesmo relativamente àqueles que manterão as atuais tarefas, dois terços das competências que são consideradas importantes para os empregos de hoje, serão alteradas”
Há o propósito da organização e o propósito do indivíduo. Como é que uma organização consegue fazê-los coincidir?
Através da mobilização de todos os colaboradores em torno de um objetivo comum e claro da organização que vai muito além do mero retorno económico da atividade desenvolvida. E esse objetivo comum, ou o propósito definido e identificado por cada organização, acaba por ser um elemento orientador, agregador e motivador do propósito individual.
É hoje clara, para todos, qual a importância estratégica que as Academias Corporativas trazem para as organizações e para o seu negócio?
Sim, nenhuma grande organização prospera sem desenvolver o seu capital humano. São as pessoas certas com as competências certas que constituem o fator de sucesso das organizações. São de facto crescentes os estudos que mostram que o chamado “life-long (intentional) learning” deve ser parte dos objetivos estratégicos das organizações que se querem manter competitivas e prósperas/sustentáveis.
De que forma as práticas e políticas da VdA contribuem verdadeiramente para a melhoria do desempenho do seu capital humano e do negócio?
A VdA Academia foi a primeira Academia Corporativa criada por uma sociedade de advogados em Portugal, já há mais de 13 anos. Houve a visão estratégica por parte da nossa liderança de que a criação de uma estrutura autónoma, vocacionada para o desenvolvimento de competências profissionais e pessoais dos colaboradores da VdA seria um fator diferenciador para a melhoria do desempenho e para o crescimento do negócio.
Quais as possibilidades de crescimento que o contexto atual nos traz?
As atuais circunstâncias muito exigentes trazem sempre grandes desafios, mas também novas oportunidades de crescimento que devemos encarar com ambição e foco na qualidade, rigor e ética nos serviços de excelência que prestamos. Utilizando um ditado da Marinha, “mar calmo nunca fez bom marinheiro” – por vezes, é também nestes momentos mais exigentes e turbulentos que as organizações se superam, inovam e crescem.
Que objetivos ou estratégias novas estão pensadas pela VdA Academia?
A VdA Academia pretende afirma-se cada vez mais como uma estrutura agregadora e difusora do Conhecimento gerado pelo Talento da VdA, quer internamente, quer externamente e como um veículo de afirmação do propósito da Firma e do Valor do Valores VdA.
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Margarida Couto: “As Academias Corporativas são um instrumento que permite gerar confiança no trabalho”
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