5 coisas que precisa de saber antes de abrirem os mercados

O anúncio da decisão sobre a venda do Novo Banco é o marco do último dia semana. Serão ainda divulgados dados económicos na Europa, com especial destaque para a inflação na Zona Euro.

As atenções dos investidores deverão estar centradas nas palavras de Mário Centeno que, nesta sexta-feira, deverá anunciar o fecho do negócio da venda de 75% do capital do Novo Banco à Lone Star. A evolução dos juros da dívida nacional que, no prazo a dez anos voltaram a cair abaixo dos 4%, também deverá estar em foco numa altura em que é crescente a expectativa de Portugal sair do Procedimento por Défice Excessivo. A nível europeu atenção para os dados da inflação na Zona Euro e para os dados finais do PIB do Reino Unido relativo ao último trimestre de 2016.

Decisão final para o Novo Banco

Em Portugal, as atenções dos investidores prometem estar centradas no desfecho do processo de venda do Novo Banco. Esta sexta-feira, o ministro das Finanças, Mário Centeno, vai anunciar publicamente os detalhes do negócio da esperada venda à Lone Star de 75% do capital do banco de transição que ficou com os ativos menos problemáticos do Banco Espírito Santo após a intervenção de que este foi alvo em agosto de 2014.

Juros da dívida lusa a 10 anos abaixo dos 4%. É para manter?

Depois da taxa de juro associada às obrigações a dez anos ter atingido máximos desde a troika há duas semanas, caiu abaixo da fasquia psicológica dos 4%. Uma quebra que acontece num período muito favorável à perceção de risco do país capturado pelos investidores, sobretudo depois de o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) ter anunciado que o défice público ficou nos 2,1% do PIB em 2016, deixando a porta aberta a que Portugal abandone o Procedimento por Défice Excessivo que tinha sido aberto ao país em 2009. Será que os investidores vão continuar a dar tréguas a Portugal?

Como evoluem os preços na Europa?

Nesta sexta-feira será divulgado o Índice de Preços no Consumidor (IPC) da Zona Euro relativo ao mês de março. De acordo com uma sondagem realizada pela Bloomberg, os economistas antecipam que o Eurostat venha a anunciar que a inflação subiu 1,8% nesse mês, em termos homólogos. Caso se confirme esse valor, ficará aquém dos 2% registados no mês de fevereiro. Ou seja, uma desaceleração do IPC, algo que vai contra os objetivos do Banco Central Europeu que tem injetado liquidez no mercado precisamente para puxar pela inflação e pelo crescimento no Velho Continente.

Como reage o PIB do Reino Unido ao Brexit?

A semana em que o Reino Unido deu o primeiro passo oficial para sair da União Europeia ao acionar o artigo 50 encerra com a divulgação dos dados finais sobre o PIB britânico relativo ao último trimestre de 2016. De acordo com uma sondagem da Bloomberg, o PIB terá crescido 0,7% nos últimos três meses do ano, ficando em linha com o valor registado no trimestre anterior. Já em termos anuais, as estimativas apontam para um crescimento de 2%, em linha com o registado em 2015. Ou seja, que a economia britânica mantém-se estável apesar da decisão de saída da União Europeia.

Petróleo em alta. E a produção nos EUA?

A cotação do petróleo tem rumado ao sabor das notícias relacionadas com os níveis de produção quer pela OPEP — que luta para cumprir um acordo de limitação de produção — e dos verificados nos EUA. Se a OPEP luta para fazer subir os preços da matéria-prima, sempre que isso acontece o mais certo é a produção aumentar nos EUA. Quando a produção de petróleo cresce na maior economia do mundo, os preços acabam por descer. A divulgação da contagem de plataformas em atividade nos EUA relativa à semana passada, caso esta determine um aumento deverá a inverter as fortes subidas da cotação do petróleo nos últimos dias. O preço do barril de crude negociado em Nova Iorque está em máximos de três semanas, acima dos 50 dólares.

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