Wealth Report: Portugal no radar dos investidores
Quintela e Penalva l Knight Frank revela as primeiras tendências de investimento para 2023.
De acordo com os resultados do mais recente estudo sobre as tendências de investimento, levado a cabo pela Knight Frank, quatro em cada dez indivíduos com património líquido ultra-elevado (UHNWIs) aumentaram o seu património em 2022, apesar de um ano de ‘Permacrise’. Os drivers deste desempenho foram o imobiliário, as taxas de câmbio, o timing de mercado e, pela primeira vez em mais de uma década, a liquidez. Por outro lado, o estudo revela ainda que as maiores perdas foram atribuídas à volatilidade dos mercados financeiros e movimentos nas taxas de juros.
O questionário anual da Knight Frank para o Wealth Report, uma publicação de referência sobre as tendências de investimento em todos os setores associados ao Luxo, contou com a colaboração de mais de 500 private bankers, wealth managers e family offices e ainda com especialistas do setor e associados da Knight Frank em mais de 50 países.
De salientar que as situações de crise também geram oportunidades. O estudo revela ainda que mais de dois terços dos entrevistados esperam que a riqueza dos seus clientes aumente marginalmente (47% dos inquiridos) ou significativamente (21% dos inquiridos) em 2023. O imobiliário (46%), a tecnologia (33 %) e os mercados financeiros (28%) estão no topo da lista das oportunidades de investimento.
Liam Bailey, Global Head of Research da Knight Frank, afirma: “com 68% dos UHNWIs à espera de ver os seus investimentos aumentarem em 2023 – antecipamos uma mudança substancial na estratégia de portfólio – com o setor imobiliário a desempenhar um papel muito importante. A pressão sentida sobre o setor imobiliário, devido ao aumento das taxas de juro, criou uma janela para o capital privado – especialmente quando entramos nesta nova fase de mercado com mínimos históricos em termos de stock de imóveis de luxo nos mercados residencial e comercial.”
Principais conclusões e tendências para 2023:
- A pandemia continuou a afetar as decisões do investimento no estrangeiro, no entanto, e a nível global, a apetência pela mobilidade manteve-se. Cerca de 13% dos UHNWIs planeiam solicitar um segundo passaporte ou uma nova cidadania em 2023.
- Quando pensam em investimento, os indivíduos de elevado envolvimento financeiro destinam um terço do seu património total a habitações permanentes ou secundárias. O Médio Oriente tem a maior pegada global (41%).
- De um modo geral, o UHNWI médio possui 4,2 propriedades, com destaque para a Ásia, onde cada indivíduo de elevado envolvimento financeiro possui, em média, cinco propriedades, demonstrando que o setor residencial continua resiliente.
- O aumento das taxas de juros poderá afetar a procura de imóveis em 2023. Cerca de 15% dos UHNWIs pretendem comprar uma propriedade este ano, abaixo dos 21% do ano anterior. A procura é mais acentuada entre os UHNWIs do Oriente Médio.
- Os EUA, Reino Unido e Espanha são os três principais destinos para a compra de casas. Austrália, França e Portugal seguem no ranking, com Portugal a atrair investidores maioritariamente dos Estados Unidos e europeus.
- Os UHNWIs são cada vez mais diversificados, tanto por geografia quanto por classe de ativos. Segundo os entrevistados, mais de um quinto da riqueza é investida diretamente em propriedades comerciais e uma proporção semelhante é mantida no estrangeiro.
- O setor imobiliário foi identificado como uma oportunidade resiliente, tanto para investimento direto, quanto indireto. Um em cada cinco UHNWIs planeia investir diretamente em 2023, em linha com os 20% do ano passado, confirmando que o setor imobiliário continua a ser um porto seguro em momentos de incerteza.
Leia mais informação sobre o estudo, aqui.
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