Alemanha vai juntar-se ao projeto do gasoduto ibérico

  • Joana Abrantes Gomes
  • 23 Janeiro 2023

A Alemanha vai juntar-se ao projeto de novas ligações para transporte de hidrogénio conhecido como H2MED acordado entre Portugal, Espanha e França em outubro.

A Alemanha vai juntar-se ao H2MED, o projeto de gasoduto para transportar hidrogénio verde, acordado entre Portugal, Espanha e França em outubro e que deverá estar concluído em 2030. O anúncio foi feito no domingo, na celebração do 60.º aniversário do Tratado do Eliseu, em Paris.

Decidimos alargar o H2MED — que, graças a fundos europeus, une [quando estiver concretizado] Portugal, Espanha e França –, à Alemanha, que será um parceiro na infraestrutura deste projeto“, afirmou o Presidente francês, Emmanuel Macron, no final da cimeira franco-alemã.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, realçou a vontade de que o hidrogénio “esteja disponível em grandes quantidades e a preços acessíveis como o gás do futuro”, acrescentando que “este é um avanço tecnológico que só podemos alcançar em conjunto”.

Os dois líderes afirmaram ainda que ambos os países estão a aumentar os investimentos “nas tecnologias de amanhã, particularmente nas energias renováveis e de baixo carbono”. Nesse sentido, um grupo de trabalho conjunto entre França e Alemanha fará “recomendações” relativamente ao desenvolvimento de hidrogénio no final de abril de 2023.

Num comunicado, o Governo espanhol também anunciou o acordo para “a Alemanha se unir ao H2MED”. Trata-se do “reforço da dimensão pan-europeia do H2MED”, que “pela primeira vez na história” poderá tornar a Península Ibérica num “hub líder de energia verde para toda a Europa”, defende o Executivo liderado por Pedro Sánchez, que congratulou o acordo numa mensagem na rede social Twitter.

O projeto batizado H2MED remonta a outubro, quando Portugal e Espanha chegaram a acordo com França para a construção de novas ligações para transportar hidrogénio verde, uma entre Celorico da Beira e Zamora (CelZa) e outra entre Barcelona e Marselha (BarMar).

Em agosto, Olaf Scholz já tinha defendido a construção de um pipeline pan-europeu, desde Portugal até à Alemanha, para reduzir a dependência do continente do gás russo e para diversificar as fontes de energia, pelo que estas novas ligações excluem o gás e serão apenas para hidrogénio, devendo estar operacionais em 2030.

Espera-se que o projeto, que ligará Portugal e Espanha à França e agora também à Alemanha, forneça cerca de 10% do consumo de hidrogénio verde estimado em toda a União Europeia em 2030.

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