Kiev sanciona 22 russos e proíbe viagens lúdicas a autoridades ucranianas

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2023

Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia sancionou mais 22 russos e proibiu viagens para fora do país "para férias ou qualquer outra finalidade não governamental" às autoridades ucranianas.

O Conselho Nacional de Segurança e Defesa (NSDC) da Ucrânia sancionou esta terça-feira mais 22 russos e proibiu viagens para fora do país “para férias ou qualquer outra finalidade não governamental” às autoridades ucranianas, divulgou o Presidente Volodymyr Zelensky.

A medida sobre as viagens para fora do país aplica-se a “todos os funcionários do Governo central e vários outros níveis do governo local” e ainda “a agentes da lei, deputados populares, procuradores e todos aqueles que trabalharam para o Estado e no Estado”, explicou Zelensky no seu habitual discurso noturno dirigido à nação.

Se quiserem descansar agora, vão descansar fora do funcionalismo público. Os funcionários não poderão mais viajar para o exterior para férias ou para qualquer outra finalidade não governamental”, destacou o chefe de Estado ucraniano.

O NSDC decidiu ainda aplicar sanções contra 22 cidadãos russos que “sob o disfarce da espiritualidade apoiam o terror e apolítica genocida”, com Zelensky a garantir que o Estado está a fortalecer e continuará a fortalecer a sua “independência espiritual”.

Zelensky referiu também que foram tomadas decisões sobre o pessoal, em relação a funcionários de vários níveis em ministérios e outros órgãos do governo central, nas regiões e no sistema de aplicação da lei, sem especificar quais foram.

No entanto, garantiu na mesma mensagem que “a Ucrânia não mostrará fraqueza” e “o Estado não mostrará fraqueza”.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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